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Arce nega divergência sobre nível atual do Cantareira

Secretário atribuiu a disparidade nos números do comitê anticrise e da concessionária ao uso de critérios diferentes para contabilizar o volume

Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari, em Joanópolis (Paulo Whitaker/Reuters)

Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari, em Joanópolis (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2014 às 19h13.

São Paulo - O secretário de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo, Mauro Arce, fez questão de afirmar que não houve divergência entre a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a Agência Nacional de Águas (ANA) na divulgação de informações sobre o nível atual do Sistema Cantareira.

Em entrevista à Radio Estadão nesta terça-feira, 20, ele atribuiu a disparidade nos números do comitê anticrise e da concessionária ao uso de critérios diferentes para contabilizar o volume dos reservatórios.

Conforme matéria publicada hoje no jornal "O Estado de S. Paulo", o comitê anticrise considera que o uso do chamado "volume morto", cuja capacidade é de 182,5 bilhões de litros de água, aumenta a capacidade total do sistema.

Com esta incorporação, o nível do volume de água armazenado no Cantareira na segunda-feira chegaria a 22,2% de sua capacidade total.

Já a Sabesp não trabalha com a hipótese de uma ampliação da capacidade de armazenamento do reservatório a partir do uso do volume morto.

Para a concessionária, com o volume estratégico haveria aumento apenas no volume total de água nas reservas, que ontem corresponderia a 26,3% do total.

Mauro Arce defendeu a visão de que o volume estratégico não interfere na capacidade do sistema, afirmando que ele será retirado assim que a situação do reservatório se normalizar.

"Nós entendemos que no instante que isso for regularizado não vai ser mais utilizado."

Diante do que considerou ser uma das menores vazões em 85 anos, o secretário chamou a situação do Cantareira de "extremamente crítica". A expectativa, segundo ele, é que a situação se normalize em setembro, quando tem início a temporada de chuvas.

Para isso, no entanto, Arce afirma que seria preciso chover a quantidade equivalente à que choveu entre 2009 e 2010, quando o intenso volume de precipitações provocou enchentes.

O secretário lembrou ainda da importância de que as pessoas economizem água. "Temos cada dia para tentar segurar o máximo esse volume para prorrogá-lo, mas eu diria que todo dia que passa estamos mais perto do que vai começar a chover novamente", completou.

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