Eduardo Campos (PSB-PE): ex-governador dedicou o início do seu discurso a um reconhecimento aos novos companheiros de coligação (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2014 às 21h26.
São Paulo - O evento de oficialização do apoio de PHS e PRP à pré-candidatura de Eduardo Campos (PSB) à Presidência, realizado nesta sexta-feira na Câmara Municipal de São Paulo, foi marcado por discursos inflamados e trocas de elogios.
O vereador do PHS, Laércio Benko, que é pré-candidato ao governo paulista, fez deferências ao governo de Campos em Pernambuco e pediu que sua filha pequena, Eduarda, entregasse um presente a Campos no palanque.
"(Campos) está dando a cara a tapa para ser o próximo presidente da República", disse Laércio em seu discurso. O vereador também fez questão de ressaltar que a aliança em torno de Campos e Marina Silva é programática. "Aqui não tem militância de holerite", disse.
Campos dedicou o início do seu discurso a um reconhecimento aos novos companheiros de coligação. "Sabemos que a chegada de vocês é a chegada de quem poderia estar em outro porto", disse o ex-governador.
"Vocês podiam fazer o caminho da partilha de cargos, mas vocês optaram pela labuta difícil, dura."
A coligação presidencial de Campos agora conta com os partidos PSB, PPS, PPL, PHS e PRP, além da Rede de Marina Silva, que apesar de não ser formalmente um partido é assim considerado entre a base. Com essa configuração, Campos alcança quase 2 minutos em tempo de televisão.
Críticas
Campos também dedicou grande parte do discurso a críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff. Ele falou das manifestações de rua, como evidência de que a população quer mudança, e disse que os protestos foram uma "segunda chance" dada à presidente que ela não soube aproveitar.
"Quando o povo foi para as ruas foi uma segunda oportunidade que o povo deu para o governo, de fazer do limão a limonada, mas o governo achou melhor esconder os problemas", afirmou o pré-candidato.
Campos criticou ainda as recentes propagandas do PT, em que, segundo ele, o partido usou o "marketing" para passar mensagens de "medo" à população. "As medidas vieram a reforçar a velha política dentro do governo", disse.