Simão: "aprendi muito na administração pública a fazer mais com menos. Nós vamos enfrentar um período de ajuste que é muito importante e que todo o governo tem contribuído" (Divulgação / Ministério do Turismo)
Da Redação
Publicado em 2 de janeiro de 2015 às 17h35.
Brasília - Em um discurso mais ponderado do que o adotado pelo ex-ministro Jorge Hage, sobre os problemas de estrutura enfrentados pelo governo no combate à corrupção, o ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Valdir Simão, considerou que as restrições orçamentárias do órgão não serão um problema em sua gestão.
Simão tomou posse na tarde desta sexta-feira, 02, no lugar de Hage, que ficou no cargo nos últimos 12 anos.
"Aprendi muito na administração pública a fazer mais com menos. Nós vamos enfrentar um período de ajuste que é muito importante e que todo o governo tem contribuído", ressaltou Simão após a solenidade.
"A CGU tem avançado muito. É fundamental que a gente continue com esse avanço, com investimentos em Tecnologia de Informação. Mas é fundamental que essa atuação seja preventiva, ou seja, que nós tenhamos, no processo decisório, critério de governança, de controle, de transparência", acrescentou.
Segundo ele, a Lei Anticorrupção, em vigor desde 2013, deve ser regulamentada via decreto ainda neste mês de janeiro. "O decreto é muito importante para as questões operacionais e para garantir simetria no processo de responsabilização de cada um dos órgãos. Ele está praticamente pronto e acredito que nos próximos dias consigamos aprová-lo", afirmou.
No discurso de posse, o novo ministro ressaltou também que a instituição será "implacável" contra os desvios ocorridos no âmbito da administração federal.
Na avaliação dele, o tema de combate à corrupção foi inserido na agenda pública de forma "irreversível".
"Como disse a presidente, temos que defender as nossas empresas de predadores e inimigos. As estruturas de governança e de compliance devem sim ser criadas e aprimoradas, funcionando em articulação com as ferramentas de auditoria e investigação", afirmou Valdir Simão.