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Após vitória em prévia, Serra alfineta PT e governo Dilma

O candidato também fez questão de se colocar ao lado do governador Geraldo Alckmin, de quem disse que será "parceiro fundamental"

O ex-governador de São Paulo José Serra deu a largada à sua campanha à Prefeitura da capital paulista com um discurso em que alfinetou, sem citar nomes, o governo Dilma (Reuters)

O ex-governador de São Paulo José Serra deu a largada à sua campanha à Prefeitura da capital paulista com um discurso em que alfinetou, sem citar nomes, o governo Dilma (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 13h54.

São Paulo - O ex-governador de São Paulo José Serra deu a largada à sua campanha à Prefeitura da capital paulista com um discurso em que alfinetou, sem citar nomes, o governo da presidente Dilma Rousseff e o seu partido, o PT.

Em discurso logo após o anúncio da vitória na prévia do PSDB neste domingo, Serra também fez questão de se colocar ao lado do governador Geraldo Alckmin, de quem disse que será "parceiro fundamental", caso seja eleito para comandar a maior cidade do país pela segunda vez.

Serra venceu o secretário de Energia do estado, José Anibal, e o deputado federal Ricardo Tripoli nas prévias que definiram o candidato tucano na eleição de outubro.

"Nós temos que começar essa campanha prestando contas do que nós fizemos", disse o ex-governador a uma plateia que o saudou aos gritos de "ole, ole, ole, olá, Serra, Serra".

"Às vezes existem realizações fundamentais que nós fizemos e as pessoas não sabem. Tucano é meio assim, mas tucano vai ter que ser meio assado para a gente ganhar."

Serra, que foi eleito para a prefeitura em 2004, mas deixou o cargo em 2006 para disputar o governo do estado, fez questão de ressaltar o aspecto nacional da disputa paulistana. A entrada do pré-candidato tucano na corrida eleitoral em São Paulo enfatiza esse aspecto.

"A eleição aqui é uma eleição local, os temas debatidos deverão ser locais... mas São Paulo tem sim um peso grande no estado e no país", afirmou.

Serra foi derrotado duas vezes em eleições presidenciais -em 2002 por Luiz Inácio Lula da Silva e em 2010 por Dilma- e aproveitou seu discurso para criticar alianças que prejudicam a administração.

"Temos de estar muito abertos para alianças. Alianças de verdade, não alianças com interesses que levam à paralisia da administração, como ameaça acontecer, inclusive, na esfera federal", disse numa referência à crise que vem se abatendo sobre a ampla coalizão que dá sustentação ao governo Dilma no Congresso em Brasília.

Serra não entrou em mais detalhes sobre alianças futuras, mas sua escolha por 52,1 por cento dos pouco mais de 6.200 militantes tucanos que votaram na prévia deste domingo deve pavimentar uma coligação com o PSD, partido do atual prefeito Gilberto Kassab, candidato a vice na chapa de Serra em 2004 e que foi reeleito, na época pelo DEM, em 2008 com apoio de Serra.


Mais de 20 mil filiados ao PSDB em toda a cidade estavam habilitados para votar nas prévias.

Sem citar diretamente o PT, que tem como pré-candidato o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, Serra pediu à militância que estabeleça as "diferenças" com o adversário com o qual o PSDB polariza a política nacional nos últimos anos.

"Não atacando, mas só para deixar claro: a diferença entre nós e eles. Qual é a diferença", disse.

Serra lidera as pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo. Levantamento do Datafolha, divulgado no início do mês e realizado após o ex-governador anunciar sua decisão de participar da prévia tucana, mostra Serra com 30 por cento das intenções de voto no cenário com maior número de candidatos.

Celso Russomano (PRB), com 19 por cento vem logo atrás. Candidatos dos dois outros partidos com grandes bancadas federais, Gabriel Chalita (PMDB) soma 7 por cento e Haddad (PT) aparece com 3 por cento.

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