Profissionais cubanos do Mais Médicos participam de palestra na Bahia (Manu Dias/ GOVBA/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2014 às 16h36.
Havana - A brigada cubana contratada pelo governo da presidente Dilma Rousseff para o programa Mais Médicos inclui atualmente 11.456 profissionais, a maioria mulheres, segundo dados oficiais de Cuba.
A chefe da Missão Médica Cubana no Brasil, Cristina Luna, afirmou neste sábado que o programa Mais Médicos criado em 2013 está formado majoritariamente por profissionais cubanos, e ressaltou as conquistas da brigada um ano após sua chegada ao país.
"Já estão presentes no Brasil 11.456 colaboradores médicos. Todos estão distribuídos nos 26 estados, inclusive o Distrito Federal, e estamos garantindo a assistência médica a mais de 50 milhões de habitantes", declarou Luna em entrevista transmitida pela televisão estatal.
A funcionária admitiu que no último ano ocorreram deserções dentro do grupo de colaboradores cubanos, mas disse que só se trata de 0,2% do total.
Luna ressaltou que esse número "não é significativo" em comparação com o 0,8% de médicos estrangeiros de outras nacionalidades e o 8,4% de profissionais brasileiros que também abandonaram o programa.
Sobre a polêmica provocada pela chegada dos colaboradores da ilha ao Brasil, Luna destacou que "desde o início estiveram expostos a um estresse grande", mas hoje "gostam muito dos médicos cubanos" e são reconhecidos pelas autoridades brasileiras, pelo Ministério da Saúde e pela população.
Como parte do Mais Médicos, o governo contratou no total cerca de 15 mil médicos estrangeiros para trabalhar em áreas como favelas, periferias das grandes cidades, zonas florestais e a região de semi-árido aonde não se inscreveram os brasileiros.
Por meio de um acordo entre o governo brasileiro e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPS), 11 mil cubanos foram contratados para auxiliar povoações isoladas e áreas urbanas carentes de cuidados sanitários.
Cada estrangeiro ganha US$ 4.200 por um contrato de três anos, embora os cubanos não recebam seu salário diretamente, mas do governo de Havana, que lhes repassa apenas US$ 1.245, segundo fontes do Ministério da Saúde do Brasil.