Michel Temer: o presidente foi acusado de corrupção passiva pela PGR (Mario Tama/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de julho de 2017 às 16h45.
Última atualização em 13 de julho de 2017 às 17h14.
Brasília - O PP, partido da base aliada do governo Michel Temer, decidiu orientar negativamente ao prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), durante sessão de votação nesta quinta-feira, 13.
O partido tem seis membros titulares na comissão e realizou diversas trocas para garantir votos a favor do Palácio do Planalto.
Antes da votação, cada líder de bancada dará orientação de como os parlamentares do partido devem votar em relação ao pedido da Procuradoria-Geral da República.
Foram dois dias de sessão de debates e 78 discursos no plenário da CCJ, que somaram mais de 18 horas de discussão.
A maioria dos discursos foi de deputado defendendo a admissibilidade da denúncia.
"A denúncia mostra que o presidente se meteu em enrascada", disse o petista Wadih Damous (RJ). O deputado afirmou que a denúncia da PGR não veio "contaminada" e que a população merece conhecer a verdade.
"O povo brasileiro exige de nós que essa denúncia seja acatada", reforçou.
Pelo bloco governista, defenderam o presidente Michel Temer os deputados Carlos Marun (PMDB-MS) e Alceu Moreira (PMDB-RS).
Em seu discurso, Moreira disse que admitir a denúncia seria "jogar um país no fosso do futuro sem saber quais são as consequências, apenas porque o presidente recebeu alguém fora da agenda". "É ruim com ele, é muito pior sem ele", pregou.