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Não vou lamentar se botarem Vélez para fora do ministério, diz Olavo

Escritor afirmou que não fará nada contra ministro; nesta sexta-feira, Bolsonaro disse que Vélez "não está dando certo" como comandante do MEC

Olavo de Carvalho: filósofo criticou o ministro da educação que pode vir a ser demitido do cargo (YouTube/Reprodução)

Olavo de Carvalho: filósofo criticou o ministro da educação que pode vir a ser demitido do cargo (YouTube/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de abril de 2019 às 15h34.

Última atualização em 6 de abril de 2019 às 18h45.

São Paulo - Após a sinalização do presidente Jair Bolsonaro (PSL) dada nesta sexta-feira, 5, de que o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodrigues, pode ser demitido na segunda-feira, o escritor Olavo de Carvalho, que é influente no governo, disse em seu perfil no Facebook que não irá lamentar a suposta demissão do ministro.

"Conheci o Prof. Vélez por seus livros sobre a história do pensamento brasileiro, publicados mais de vinte anos atrás. Nunca tomei conhecimento das suas obscenas tucanadas e clintonadas, que teriam me prevenido contra seu comportamento traiçoeiro", escreveu Olavo, para então concluir: "Não vou fazer nada contra ele, mas garanto que não vou lamentar se o botarem para fora do ministério".

A publicação de Olavo é mais um revés para o ministro Vélez, que assiste a pedidos de demissão sucessivos na pasta, além de um permanente conflito entre alas militaristas, técnicas e olavistas dentro do MEC. Em março, Olavo já havia feito publicações contra o ministro, inclusive atacando-o com palavrões. O ministro, no entanto, foi levado ao cargo no começo do ano justamente por indicação do escritor, de quem se distanciou ao demitir funcionários próximos a Olavo, considerado um "guru" do governo Bolsonaro.

Nesta sexta-feira, em café da manhã com jornalistas, Bolsonaro disse que Vélez "não está dando certo" como comandante do MEC. "É uma pessoa bacana, honesta, mas está faltando gestão, que é uma coisa importantíssima", disse o presidente, marcando para a próxima segunda-feira, 8, a decisão sobre a "situação da Educação".

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