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Após reunião, PSDB reitera posição favorável ao impeachment

Para FHC e líderes da sigla é momento de dar um basta ao atual governo petista e iniciar um novo ciclo no País


	FHC: "Por mais penoso que seja interromper um mandato, é mais penoso ver o Brasil se esfacelar"
 (REUTERS/Paulo Whitaker)

FHC: "Por mais penoso que seja interromper um mandato, é mais penoso ver o Brasil se esfacelar" (REUTERS/Paulo Whitaker)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2016 às 16h35.

São Paulo - A três dias da votação do relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), lideranças do PSDB, reunidas nesta sexta-feira, 8, em São Paulo, reiteraram o apoio integral ao afastamento da petista.

"Por mais penoso que seja interromper um mandato, é mais penoso ver o Brasil se esfacelar e ver que não existe capacidade do atual governo se recompor e se reconstruir", disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Para FHC e líderes da sigla é momento de dar um basta ao atual governo petista e iniciar um novo ciclo no País

Apesar da defesa de um novo ciclo que leve em conta o PT fora do Palácio do Planalto, os líderes do PSDB não se manifestaram a favor de um eventual governo Michel Temer (PMDB).

O secretário-geral do PSDB, deputado Silvio Torres (SP), resumiu o mote do encontro desta sexta: "o nosso foco é o impeachment, o Temer é uma segunda etapa, não há para nós outro foco hoje que não seja o afastamento da presidente Dilma."

E lembrou que a sigla defende a continuidade plena da Operação Lava Jato.

O encontro desta sexta do PSDB reuniu, por mais de duas horas, na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), o ex-presidente FHC, parlamentares, como os senadores José Serra e Aloysio Nunes Ferreira, o deputado Silvio Torres, governadores da sigla, como Geraldo Alckmin (São Paulo), Beto Richa (Paraná), e Pedro Taques (Mato Grosso), além do líder do partido na Câmara, Antônio Imbassahy.

Também participaram lideranças de outras siglas, como José Carlos Aleluia (DEM) e o presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, que chegou no final da reunião com algumas lideranças sindicais.

Após o encontro, FHC, Aécio e Alckmin fizeram um rápido pronunciamento em favor do impeachment e não responderam perguntas da imprensa.

Aécio disse que o PSDB reafirma seu compromisso absoluto com a interrupção do mandato de Dilma Rousseff, pela via constitucional, o impeachment.

E que os governadores e lideranças da sigla vão trabalhar nos seus Estados junto aos parlamentares e outros líderes que ainda estão indecisos nessa questão.

O governador Geraldo Alckmin, anfitrião do encontro no Palácio dos Bandeirantes, falou do momento grave que o País enfrenta, com reflexos no emprego e na vida das pessoas.

"Assistimos a economia derreter e vemos um quadro político de extrema gravidade que precisa ser abreviado", destacou. FHC disse também que a economia não aguenta mais tanta desordem, é preciso recuperar a confiança.

O ex-presidente FHC disse que tem certeza que o povo brasileiro vai se manifestar pelo impeachment nas ruas, 'democrata e pacificamente'. E Aécio disse que o partido está otimista com a votação na próxima segunda-feira e também no plenário da Câmara.

"O PSDB não é beneficiário, enquanto partido, dessa solução, mas todos convergimos pela urgência e necessidade de solução deste impasse."

Após o encontro, Aécio seguiu com Paulinho para o ato promovido pela Força Sindical em favor do impeachment da presidente da República nesta tarde na capital paulista.

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