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Após repercussão, Lula muda tom e condena invasão russa na Ucrânia

Em Madri, Lula disse que "ninguém pode ter dúvida que nós brasileiros condenamos a violação territorial que a Rússia fez contra a Ucrânia"

 Presidente da República, Luiz Inácio Lula da SilvaPalácio da Moncloa, Madri - Espanha.

Foto: Ricardo Stuckert/PR (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da SilvaPalácio da Moncloa, Madri - Espanha. Foto: Ricardo Stuckert/PR (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 26 de abril de 2023 às 10h28.

Última atualização em 26 de abril de 2023 às 10h28.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou ao tema da guerra na Ucrânia nesta terça-feira, 26, em seu último pronunciamento durante a viagem que faz à Europa. O assunto foi o mais comentado e sensível durante esses seis dias em que visitou Portugal e Espanha. Em Madri, Lula disse que "ninguém pode ter dúvida que nós brasileiros condenamos a violação territorial que a Rússia fez contra a Ucrânia".

"O erro aconteceu a guerra começou. Agora não adianta ficar falando quem está certo e quem está errado", afirmou, completando que é necessário fazer a guerra parar. Para Lula, só haverá acerto de contas quando os tiros pararem. "É assim nessa guerra e foi assim em todas as outras guerras."

Em seguida, Lula insinuou críticas aos membros do Conselho de Segurança da ONU. "Vivemos um mundo esquisito em que os membros do Conselho de segurança da ONU, todos eles, são os maiores produtores e vendedores de armas do mundo e maiores participantes de guerras", disse.

Lula defende mudanças na ONU

Lula usou isso como argumento para defender também uma mudança na ONU em que países em desenvolvimento estejam presentes como membros permanentes e incluiu a Alemanha - que está de fora por causa da sua atuação na segunda guerra - na relação. "Já faz muito anos e a geografia mudou, a geopolítica mudou, a economia mudou. Então precisamos construir um novo mecanismo internacional que possa fazer coisas diferentes."

O presidente discorreu sobre vitórias antigas e fracassos atuais da ONU e disse que "está na hora de mudar as coisas e está na hora de criar um G-20 da paz".

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