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Após pressão do Congresso, Ernesto Araújo pede demissão do Itamaraty

Informação foi repassada pelo próprio chanceler a seus subordinados

Ernesto Araújo: a permanência do ministro das Relações Exteriores era considerada insustentável (Adriano Machado/Reuters)

Ernesto Araújo: a permanência do ministro das Relações Exteriores era considerada insustentável (Adriano Machado/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 29 de março de 2021 às 12h30.

Última atualização em 29 de março de 2021 às 13h05.

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pediu demissão do cargo. A informação foi repassada pelo próprio chanceler a seus subordinados. A remoção do chanceler representa uma vitória do Centrão, que vinha pressionando o Palácio do Planalto nesse sentido.

O ministro vinha sendo pressionado pelo Congresso. Na semana passada, o presidente da Câmara, Artur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, pressionaram o presidente Jair Bolsonaro a demitir o chanceler. Lira chegou a dizer que Araújo perdeu a capacidade de dialogar com países.

A permanência do ministro das Relações Exteriores era considerada insustentável. O ministro vinha acumulando polêmicas e enfrentamentos nos últimos dias. No domingo, 28 de março, Araújo divulgou nas redes sociais o conteúdo de uma conversa reservada com a senadora Kátia Abreu durante um almoço no Itamaraty, insinuando que ela teria feito lobby em favor do 5G da China.  

A reação foi imediata de parlamentares, que passaram a exigir abertamente a demissão do chanceler. Durante sua participação em sessão do Senado na quarta-feira, 24, o ministro foi duramente questionado por senadores, que contestaram sua capacidade à frente do cargo e sugeriram que ele pedisse demissão.

Entre os nomes cotados para substituir o ministro, estão do embaixador do Brasil na França, Luís Fernando Serra, e o do secretário de Assuntos Estratégicos, almirante Flavio Rocha. Nestor Foster, embaixador do Brasil nos Estados Unidos, é outro candidato.

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