Brasil

Após paralisação, médicos cobram mais transparência da ANS

As entidades médicas exigem acesso aos dados sobre a cobertura assistencial dos planos de saúde no país, o que ajudaria pacientes e profissionais a decidir pela adesão


	Médico analisa paciente: as entidades médicas avaliam que as redes assistenciais não acompanharam o aumento significativo no volume de clientes dos planos de saúde
 (Joe Raedle/AFP)

Médico analisa paciente: as entidades médicas avaliam que as redes assistenciais não acompanharam o aumento significativo no volume de clientes dos planos de saúde (Joe Raedle/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2012 às 11h30.

Brasília – Entidades médicas entregaram hoje (26) à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) um documento cobrando maior transparência nos dados sobre a cobertura assistencial dos planos de saúde no país. De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), os números mais detalhados podem ajudar pacientes e profissionais da área a decidir pela adesão aos planos.

A categoria pede a divulgação de informações como a quantidade e a distribuição geográfica de leitos hospitalares e de unidades de terapia intensiva (UTIs), de laboratórios e de médicos disponíveis. A ideia, segundo o CFM, é comprovar o desequilibro entre o crescimento da demanda no setor e a oferta de serviços.

Os médicos também entregaram à ANS uma série de reportagens, pesquisas e estudos que sugerem uma iminente crise na saúde suplementar. O documento, assinado pelo CFM, pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), é um desdobramento das reivindicações que levaram à suspensão do atendimento a planos de saúde em vários estados nos últimos 15 dias.

“Para as lideranças médicas, somente com o acesso público a informações detalhadas do setor será possível evitar excessos cometidos por alguns empresários, assegurando, sobretudo, o bom funcionamento da saúde suplementar no país”, informou o CFM em nota.

As entidades médicas avaliam que a estabilidade econômica e o aumento do poder aquisitivo da população têm gerado um aumento significativo no volume de clientes dos planos e seguros de saúde, mas as redes assistenciais (lista de médicos conveniados, leitos e laboratórios disponíveis) não acompanharam essa evolução.

Acompanhe tudo sobre:ANSgestao-de-negociosPlanos de saúdeSaúde no BrasilTransparência

Mais de Brasil

Comissão do Senado aprova projeto que endurece regras contra devedor contumaz

'Tem gente que fuma para descontrair', diz líder da bancada da bala sobre maconha

PF avalia abertura de investigação contra deputado que ameaçou Lula: 'Quero mais é que ele morra'

Comissão de Segurança do Senado aprova porte de arma para defesa pessoal de advogados