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Após morte de Marielle, PSOL é atacado por “defender bandidos"

A página do partido no Facebook está recebendo ataques de usuários que acusam a vereadora de ser a favor dos direitos dos criminosos

Protesto contra a morte da vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio de Janeiro, (Sergio Moraes/Reuters)

Protesto contra a morte da vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio de Janeiro, (Sergio Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de março de 2018 às 12h46.

Rio - A página do PSOL no Facebook está recebendo ataques de usuários que acusam Marielle Franco, a vereadora assassinada na quarta-feira à noite, assim como outros parlamentares da legenda, de agir "em defesa de bandidos"- , por isso, alegam que pedir a prisão de seus assassinos seria uma contradição.

Nos últimos posts compartilhados pelo partido em memória de Marielle, há dezenas de comentários com esse teor, muitos deles, em tom de deboche.

"Quem procura acha! Que os assassinos da vereadora do PSOL sejam tratados com dignidade e respeito!", diz um deles. "Acho que os assassinos merecem uma segunda, e até terceira chance!", zomba outro.

"Que o PSOL pare de passar a mão na cabeça de marginal", afirma outro. "O PSOL só está colhendo o que planta todos os dias", ataca mais um.

Em outros comentários, usuários alegam que Marielle e seus pares não pediam justiça para a morte de policiais - ano passado, foram mais de 130 - e agem com "dois pesos e duas medidas".

Os ataques são tantos que superam, em número, as mensagens de solidariedade pela perda da parlamentar. Marielle tinha 38 anos e foi a quinta vereadora mais votada do Rio; seu assassinato, uma provável execução, segundo a polícia, vem motivando manifestações públicas, nas redes sociais e também no exterior.

O PSOL tem entre suas principais bandeiras a defesa dos direitos dos trabalhadores e direitos humanos básicos, em especial de mulheres, negros e população LGBT.

Nascida no Complexo da Maré, conjunto de favelas da zona norte do Rio, Marielle concentrava sua atuação na defesa das populações marginalizadas.

A reportagem entrou em contato com parlamentares do PSOL e lideranças do partido no município e no Estado nesta sexta-feira, 16, para falar sobre os ataques recebidos, mas não conseguiu contato. O espaço está aberto para manifestações.

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