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Após morte de Ágatha, manifestantes protestam no Rio contra Witzel

Ato foi convocado pelas redes sociais em função da morte de Ágatha Félix, de 8 anos

Protesto após a morte de Ágatha Félix, de 8 anos (Pilar Olivares/Reuters)

Protesto após a morte de Ágatha Félix, de 8 anos (Pilar Olivares/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de setembro de 2019 às 19h20.

Última atualização em 23 de setembro de 2019 às 19h21.

Um protesto contra a política de segurança do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), reúne centenas de manifestantes em frente à sede da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), às 18h30 desta segunda-feira, 23. O ato foi convocado pelas redes sociais em função da morte de Ágatha Félix, de 8 anos, vítima de uma bala perdida que teria sido disparada pela Polícia Militar, na última sexta-feira, 20, no complexo de favelas do Alemão, na zona norte.

Políticos e líderes comunitários discursam, atacando a política de confronto adotada por Witzel. Entre os discursos, o público entoa coros como "Witzel assassino" e "não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da Polícia Militar". Uma tia de Ágatha, Daniele Félix, também participa do ato. "Estamos aqui para cobrar justiça. Que este caso não seja mais um na estatística de bala perdida dentro da comunidade", disse.

"Ágatha era uma linda de apenas 8 anos que estudou a manhã inteira, foi passear com a mãe à tarde e estava a cinco minutos de casa. Estar aqui significa pra gente não deixar cair na estatística que nem tantos outros já viraram", prosseguiu a tia.

Em manifesto distribuído durante o ato, o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos classifica a conduta da Polícia Militar do Rio de Janeiro como "terrorismo de Estado". Horas antes, o governador afirmou que a morte de Ágatha foi um "ato isolado" e não vai mudar a política de segurança do Estado, que segundo ele tem produzido resultados satisfatórios.

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