Rebelião: condição imposta pelos presos para pôr fim ao motim foi a transferência de 600 detentos (Reprodução/CGN)
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2014 às 10h39.
Cascavel - A rebelião de presos na Penitenciária Estadual de Cascavel, no oeste do Paraná, que durou aproximadamente 45 horas, chegou ao fim na madrugada desta terça-feira, 26, após a liberação dos reféns, informou a Secretaria de Segurança Pública do Paraná.
A secretaria ainda não tem um balanço do número de mortos, mas pelo menos quatro presos foram assassinados, dois deles decapitados. Ainda pela manhã, deve ocorrer uma coletiva de imprensa.
O motim se iniciou às 6h do domingo, 24, e até a noite desta segunda-feira, 25, informações de dentro do presídio mostravam que as forças de segurança ainda tinham dificuldade para controlar toda a unidade. Algumas alas resistiam aos policiais militares. Bandeiras do Primeiro Comando da Capital (PCC) eram ostentadas entre os detentos. Dois reféns ainda permaneciam entre os presos.
A condição imposta pelos presos para pôr fim ao motim - o primeiro desde sua inauguração, em 2007 -, e aceita pelo governo Beto Richa (PSDB), foi a transferência de 600 detentos.
Por volta das 19 horas, dois micro-ônibus lotados deixaram o local com os primeiros presos. Em seguida, outros dez veículos do Departamento Penitenciário (Depen/PR) também deixaram a prisão. Os veículos seguiram em comboio para a Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu, a 140 quilômetros de Cascavel. O número de presos que seriam transferidos é mais da metade da população carcerária do local (1.038), conforme dados do Depen. Além disso, cerca de 145 detentos já haviam sido transferidos desde o início das negociações, no domingo.