O general Carlos Alberto dos Santos Cruz: o ministro da Secretaria de Governo pede mais fiscalização e transparência nos atos do governo ((Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de fevereiro de 2019 às 14h53.
Rio - O ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, defendeu nesta sexta-feira, 8, "fiscalização pública, publicidade e transparência" nos atos do governo. Para ele, casos como a crise financeira dos Estados, principalmente do Rio de Janeiro, e o rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho (MG), têm em comum o fato de que "nenhum mecanismo de controle" tenha funcionado.
"A sensação que eu tenho em um mês de governo é que entrei em um lugar que foi assaltado e que precisa ser recuperado, com responsabilização, que é diferente de responsabilidade. No inglês, isso (diferença de responsabilidade e responsabilização) é bem definido", afirmou, frisando que está no governo por "ser amigo do presidente".
Santos Cruz citou aportes do BNDES nos Estados do Nordeste e declarou que o problema do Brasil não é de falta de recursos, mas "administrativo e moral". "A crise não é política, é de polícia. Nosso caso é para ser resolvido na delegacia", declarou.
O general elogiou a qualidade dos servidores públicos e citou os quadros do BNDES. Destacou, porém, a importância de dar maior transparência aos atos. "Queremos ir para frente com um governo que valoriza a democracia, um governo que se interesse pela qualidade do serviço que é dado ao seu cidadão, que não é perdulário e onde tudo seja fiscalizado. A sociedade tem que saber os valores de todos os tipos de contrato", finalizou o ministro.