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Após explosões, polícia faz varredura na Esplanada dos Ministérios

Segundo vice-governadora do DF, Celina Leão, ainda não é possível identificar o autor das explosões pois o corpo não foi periciado

Em nota oficial, o STF relatou que "dois fortes estrondos foram ouvidos" (EVARISTO SA /AFP Photo)

Em nota oficial, o STF relatou que "dois fortes estrondos foram ouvidos" (EVARISTO SA /AFP Photo)

Publicado em 13 de novembro de 2024 às 22h46.

Última atualização em 14 de novembro de 2024 às 08h24.

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O governo do Distrito Federal informou na noite desta quarta-feira, 13, que uma varredura acontece e seguirá nas próximas horas na Esplanada dos Ministérios, após duas explosões próximas à praça dos Três Poderes em Brasília. Segundo a vice-governadora, Celina Leão, e o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Alexandre Patury, ainda não é possível analisar o potencial explosivo das bombas detonadas. Um homem, cuja identidade ainda não foi investigada, morreu. A suspeita é suicídio.

“Sei que está circulando um nome, mas o corpo não foi nem periciado ainda. Não podemos afirmar”, afirmou Patury durante coletiva de imprensa, ao ser questionado sobre a identidade do autor das explosões. 

O Batalhão de Operações Especiais da PM do Distrito Federal e o esquadrão de bombas da PF trabalham em conjunto para rastrear eventuais explosivos restantes, segundo a vice-governadora. "Já tomamos medidas no sentido de colher informações, uma das principais testemunhas já está dando depoimento", informou Celina Leão. O corpo do homem morto seguia, até às 23h30 da noite desta quarta-feira, no local por medidas de segurança adotadas pela Polícia Militar.

Caso tratado como suicídio

Segundo a vice-governadora, inicialmente o caso é tratado como suicídio, pois não há confirmação do envolvimento de mais pessoas. 

“Às 19h30 ocorreu primeiro a explosão de um carro, depois um cidadão de nome não identificado tentou entrar no prédio, não conseguiu e então ocorreu a explosão na porta”, disse, referindo-se ao STF. “Um caso semelhante ocorreu ano passado. A gente espera que seja um lobo solitário.”

O STF informou em nota que ao final da sessão de hoje "dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela".

Celina disse que está em contato com o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e também com o Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

A depender do andamento da varredura na Esplanada, há possibilidade de não haver expediente nesta quinta-feira, 14. A vice-governadora informou que está em contato com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, para suspender o expediente para que a polícia possa fazer uma varredura mais detalhada nos prédios e garantir a segurança dos parlamentares.

Autoridades se pronunciam

Em entrevista coletiva, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, informou que o policiamento e a segurança da Praça dos Três Poderes foi reforçado desde o episódio do 8 de janeiro.

"Eu lamento, estão noticiando uma pessoa morta e obviamente nós compartilhamos todo o nosso sentimento e solidariedade. Desde o 8 de janeiro obviamente mudou todo o padrão de segurança dos três poderes. Primeiro vamos constatar o que houve hoje para que, então, as novas previdências sejam tomadas", declarou.

O Ministro-Chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, se posicionou sobre o ocorrido via a rede social X.

"Repudio com toda a veemência os ataques contra o STF e a Câmara dos Deputados. Manifesto minha solidariedade aos ministros e parlamentares. A Polícia Federal investigará com rigor e celeridade as explosões no perímetro da praça dos três Poderes. Precisamos saber a motivação dos ataques, bem como reestabelecer a paz e a segurança o mais rapidamente possível".

O ministro do STF Flávio Dino foi o primeiro membro da Corte a se pronunciar após duas explosões na Praça dos Três Poderes deixaram um morto e um carro incendiado na noite desta quarta-feira.

"A Justiça segue firme e serena. Orgulho de servir ao Brasil na Casa da Constituição: o Supremo Tribunal Federal", escreveu no X.

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