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Após dia de greve, protestos tomam Av. Paulista e Candelária; veja fotos

Manifestantes se aglomeram na Avenida Paulista em São Paulo e na Candelária no Rio de Janeiro; 181 cidades registraram protestos até as 17h segundo o G1

Greve geral: protesto no Rio de Janeiro contra a reforma da Previdência (Ricardo Moraes/Reuters)

Greve geral: protesto no Rio de Janeiro contra a reforma da Previdência (Ricardo Moraes/Reuters)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 14 de junho de 2019 às 18h27.

Última atualização em 14 de junho de 2019 às 20h01.

 

São Paulo - Interrupções parciais nos transportes públicos, vias fechadas e protestos marcaram a greve contra a reforma da Previdência nesta sexta-feira (14).

A União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Força Sindical são algumas das entidades que convocaram as categorias que representam a aderir a greve.

De acordo com o G1, até as 17 horas, 181 cidades de 26 estados tinham registrado protestos e 111 cidades haviam registrado paralisação de serviços, em 26 estados e no Distrito Federal.

Transportes

Em São Paulo, uma linha de metrô foi completamente paralisada e outras três funcionavam parcialmente, segundo dados da companhia pública de transporte. Apenas as linhas 4 (amarela) e 5 (lilás), ambas de gestão privada, funcionavam normalmente.

Os ônibus urbanos operavam com toda a frota, de acordo com a prefeitura da capital paulista, assim como os trens. Apesar da aparente normalidade no serviço foram registradas aglomerações nas estações e atrasos.

Em outras capitais, como Salvador, apenas o metrô funcionou, enquanto em Brasília, Porto Alegre e Recife a interrupção era parcial. Em Belo Horizonte, o metrô permanecia fechado.

Avenida Paulista

No final da tarde, manifestantes se aglomeraram para um protesto que fechou as duas faixas da Avenida Paulista. Além da reforma da Previdência, também há faixas contra os cortes na educação.

A maior concentração é vista em frente ao Museu de Arte Moderna de São Paulo (Masp) mas parte das pessoas se reuniu também em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

"Não tem mais pato aqui", gritaram os manifestantes, em referência a uma campanha da entidade que originalmente foi criada contra a cobrança de impostos no País, mas que foi usada como símbolo durante os protestos pelo impeachment da ex-presidente da República Dilma Rousseff.

Ainda na avenida, um grupo de manifestantes improvisou um campo de futebol em uma das faixas da via. "Fiquem tranquilos que o juiz que vai apitar o jogo não vai ser o Sérgio Moro", disse um deles.

Candelária

No Rio de Janeiro, manifestante se aglomeraram na região da Candelária, no centro da cidade, a partir do final da tarde.

Inicialmente, as lideranças sindicais discursaram com críticas à reforma e outras iniciativas do governo Bolsonaro. O grupo planeja seguir em caminhada pela avenida Presidente Vargas até a estação Central do Brasil.

As pistas da avenida Presidente Vargas no sentido igreja da Candelária estão interditadas pela multidão e o o trânsito também está impedido na avenida Rio Branco, a partir do cruzamento com a Presidente Vargas, em direção à Cinelândia.

Dezenas de policiais militares acompanham o ato, que é pacífico. Ainda não há estimativa de público.

Salvador

A Secretaria Municipal de Mobilidade de Salvador contabilizou 30 micro-ônibus do sistema complementar vandalizados durante manifestações no dia de hoje. Segundo a secretaria, um dos veículos foi atingido por um tiro.

"Estou aqui manifestando a minha insatisfação, o meu protesto como prefeito e cidadão que pouquíssimas pessoas possam interditar as avenidas, queimar pneus, depredar ônibus, com atos de violência. Não é razoável que isso aconteça em nome do direito de se manifestar", disse o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). Ele ressaltou, porém, ser favorável ao direito de se manifestar, "mas não de forma violenta".

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