Aécio: uma das investigações contra o senador, apura suposta atuação do tucano para maquiar dados da CPMI dos Correios, em 2005 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de maio de 2018 às 08h10.
Brasília - Investigações que têm como alvo os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) estão entre os casos que podem ser remetidos para outras instâncias, após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de restringir o foro privilegiado para deputados federais e senadores.
Uma das investigações contra Aécio no Supremo apura suposta atuação do tucano para maquiar dados da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, em 2005, e esconder a relação entre o Banco Rural e o mensalão mineiro. Na época dos fatos, Aécio era governador de Minas.
Já a que envolve o senador Fernando Bezerra investiga se ele estaria envolvido no pagamento de propina de R$ 41,5 milhões das empreiteiras Queiroz Galvão, OAS e Camargo Corrêa, contratadas pela Petrobras para a execução de obras da Refinaria Abreu e Lima (PE).
O destino dos recursos seria a campanha à reeleição de Eduardo Campos ao governo de Pernambuco em 2010, quando Bezerra estava no governo estadual.
As defesas dos senadores Aécio Neves e Fernando Bezerra negam envolvimento deles em irregularidades.
Nesta semana, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que a alteração do entendimento do Supremo ameaça a manutenção do foro de 48 políticos com mandato - 12 senadores e 36 deputados federais. A maioria das investigações trata de recebimento de propinas e caixa 2 para políticos que tentavam a reeleição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.