Brasil

Após decisão do Congresso, Weintraub pede que Enem seja adiado

Ministro já havia se manifestado em favor de organizar uma espécie de votação entre os participantes do Enem, para consultá-los sobre o adiamento do exame

Abraham Weintraub: "Diante dos recentes acontecimentos no Congresso e conversando com líderes do centro, sugiro que o Enem seja adiado de 30 a 60 dias" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Abraham Weintraub: "Diante dos recentes acontecimentos no Congresso e conversando com líderes do centro, sugiro que o Enem seja adiado de 30 a 60 dias" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de maio de 2020 às 11h22.

Última atualização em 20 de maio de 2020 às 15h51.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, sugeriu na manhã desta quarta-feira (20), em postagem no Twitter, que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seja adiado por 30 a 60 dias. Em decorrência da pandemia do novo coronavírus, o Senado Federal aprovou na terça-feira (19) o texto-base do projeto que suspende a realização da prova.

A proposta não estabelece uma nova data, mas prevê que processos seletivos como o Enem devem ser postergados enquanto durar o estado de calamidade decretado por conta da pandemia. O projeto agora passará por votação na Câmara dos Deputados antes de ir á sanção presidencial.

"Diante dos recentes acontecimentos no Congresso e conversando com líderes do centro, sugiro que o Enem seja adiado de 30 a 60 dias. Peço que escutem os mais de 4 milhões de estudantes já inscritos para a escolha da nova data de aplicação do exame", escreveu Weintraub em sua rede social.

O ministro ainda completou informando que a participação dos estudantes inscritos poderá ser feita através do site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) de forma "direta, democrática, transparente e segura".

Críticos à realização da prova durante a pandemia, como o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), afirmam que a necessidade de meios digitais para a preparação acentua as desigualdades entre os estudantes brasileiros.

"Efetivamente 40% dos jovens deste País não têm acesso à internet. No Amazonas, isso é gravíssimo, porque praticamente 80% dos nossos jovens no interior do Estado não têm acesso à internet. A questão do conteúdo também é fundamental", afirmou o senador durante a sessão realizada na terça-feira.

Ontem, Weintraub já havia se manifestado no Twitter em favor de organizar uma espécie de votação entre os participantes do Enem, para consultá-los sobre o adiamento do exame. Segundo ele, 4 milhões de pessoas já se inscreveram para realizar a edição de 2020 da prova.

Acompanhe tudo sobre:abraham-weintraubEnemMEC – Ministério da EducaçãoSenado

Mais de Brasil

Inovação da indústria demanda 'transformação cultural' para atrair talentos, diz Jorge Cerezo

Reforma tributária não resolve problema fiscal, afirma presidente da Refina Brasil

Plano golpista no Planalto previa armas de guerra