João Doria: deputada do próprio PSDB fez duras críticas à declaração do candidato sobre corte de secretaria (Raul Júnior)
Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2016 às 14h45.
São Paulo - O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Doria, recuou na proposta de acabar com a Secretaria de Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, caso seja eleito.
A decisão foi tomada após a repercussão negativa da proposta de acabar com sete das 27 secretarias municipais, entre elas, a de Mulheres, Igualdade Racial e Pessoa com Mobilidade Reduzida.
Pesou na decisão do candidato, as críticas feitas pela deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP).
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Mara classificou a proposta do candidato tucano de "retrocesso para a política pública da pessoa com deficiência" e também uma atitude que contraria a Constituição brasileira.
"Há uma convenção da ONU que não permite retrocesso, a diretriz é que se crie órgãos focados nesse tema", disse a deputada.
Mara Gabrilli foi a primeira secretária municipal de pessoa com deficiência do Brasil, na gestão do tucano José Serra, atual ministro das Relações Exteriores do governo Michel Temer (PMDB).
A criação da pasta é considerada pelos tucanos uma das vitrines de Serra que, depois da iniciativa municipal, criou a versão estadual da secretaria quando eleito governador de São Paulo.
Para anunciar a decisão de manter a pasta, João Doria convocou uma entrevista coletiva no seu escritório, na zona oeste de SP, com a presença de lideranças tucanas do movimento das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.
Entre os participantes da coletiva, que acontecerá ainda nesta sexta, está a secretária estadual de Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida Linamara Battistella e a deputada estadual Célia Leão.
Doria mantém, porém, a proposta de extinguir as secretarias de Igualdade Racial e Mulheres.