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Após Covas propor mudanças, funcionários do Samu anunciam greve

A prefeitura anunciou que fechar as 31 bases exclusivas do Samu e transferi-las para pontos onde há outras unidades de saúde, como AMAs ou hospitais

Samu: para os funcionários, mudança vai aumentar tempo de espera para atendimento (Foto/Divulgação)

Samu: para os funcionários, mudança vai aumentar tempo de espera para atendimento (Foto/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de março de 2019 às 08h43.

Última atualização em 30 de março de 2019 às 08h54.

Os trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na cidade de São Paulo anunciaram que farão uma paralisação na próxima segunda-feira (01) contra as mudanças no serviço anunciadas em janeiro pela Prefeitura. A decisão foi tomada pela categoria em assembleia realizada na tarde de sexta-feira (29).

Segundo os sindicatos de médicos (Simesp) e dos servidores municipais da saúde (Sindsep), a principal mudança (realocação das bases do Samu) vai aumentar o tempo de espera por uma ambulância na cidade e piorar as condições de trabalho para os trabalhadores.

De acordo com os trabalhadores, a Prefeitura vai fechar as 31 bases exclusivas do Samu e transferi-las para pontos onde há outras unidades de saúde, como AMAs ou hospitais.

Segundo os sindicatos, os novos locais não têm estrutura adequada para reabastecimento e limpeza da ambulância nem para o descanso dos profissionais.

Também afirmam que, com a realocação das bases, alguns bairros ficarão descobertos e a chegada de ambulâncias a esses locais será mais demorada.

A paralisação da próxima segunda será parcial. Pelo menos 30% do efetivo continuará trabalhando para atender os casos mais urgentes, de acordo com a categoria. Ela será iniciada às 12 horas e, às 14 horas, a categoria vai se reunir para decidir os próximos passos do movimento.

Questionada sobre as críticas dos servidores, a Secretaria Municipal da Saúde afirmou que as mudanças no Samu só trarão melhorias para a população.

"A descentralização vai ampliar o número de bases das atuais 58 para 78. Com mais bases, aumenta a capilaridade do serviço. Mais capilaridade aproxima as ambulâncias e equipes de socorro dos locais de ocorrência, diminuindo o tempo de resposta aos chamados", disse a pasta, em nota.

O órgão também afirmou que a escolha da localização das novas bases foi feita de acordo com a quantidade de chamados.

"Os novos endereços, integrados à rede de saúde, levaram em consideração os locais com maior concentração de ocorrências. Portanto, a ampliação dos pontos de apoio aumenta a cobertura do território, e não o contrário. Bases isoladas estratégicas, como as das marginais, serão mantidas, integradas a serviços da Companhia de Engenharia de Tráfego."

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