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Após convite a Maia, João Doria conversa com ACM Neto

Doria tenta obter apoio do DEM a seu projeto presidencial e diz que não há "distanciamento" com ex-prefeito de Salvador

Governador de São Paulo, João Doria (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

Governador de São Paulo, João Doria (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

AO

Agência O Globo

Publicado em 10 de fevereiro de 2021 às 07h19.

Dois dias após convidar o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) para se filiar ao PSDB, o governador de São Paulo, João Doria, recebeu ontem à noite o presidente nacional do DEM, ACM Neto, para um jantar.

Doria não descarta contar com o apoio do partido nas eleições presidenciais de 2022. O vice-governador, Rodrigo Garcia, que é do DEM, é o preferido do tucano para sua sucessão.

Embora de longa data, a aliança entre PSDB e DEM têm passado por turbulências desde a eleição para a presidência da Câmara no início deste mês. Parlamentares dos dois partidos não seguiram o acordo costurado por Maia em torno de Baleia Rossi (MDB-SP) e ajudaram a eleger Arthur Lira (PP-AL), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Além de ter liberado a bancada do seu partido para votar como quisesse, ACM Neto deu declarações nos últimos dias que foram interpretadas como um possível endosso a Bolsonaro. Em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo” no último dia 4, o ex-prefeito de Salvador afirmou que não poderia descartar estar com o presidente na eleição de 2022.

— Não há distanciamento na relação com ACM Neto, tanto que o receberemos junto com o ex-deputado e ex-ministro Mendonça Filho. Não rompemos esta relação, mas o nosso alinhamento sempre foi com o deputado Rodrigo Maia — disse Doria ontem pela manhã.

A cúpula do DEM ainda não decidiu o caminho que pretende seguir na eleição presidencial. Integrantes do comando da legenda veem o partido dividido entre três opções, como mostrou ontem a colunista Bela Megale. Uma delas seria apoiar a reeleição de Bolsonaro, o que é defendido pelos ministros Onyx Lorenzoni e Tereza Cristina. A segunda seria compor a base de Doria, como defende Rodrigo Garcia. E a terceira possibilidade seria indicar um novo nome para a disputa, como o apresentador Luciano Huck ou o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. Há quem fale no partido até em apoio a Ciro Gomes (PDT).

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