Acidente: Bombeiros passaram sete horas para retirar motorista das ferragens (Sergio Moraes/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 27 de fevereiro de 2019 às 19h01.
Última atualização em 27 de fevereiro de 2019 às 19h03.
Após a colisão de trens que deixou um morto e oito feridos na zona norte do Rio de Janeiro, a Supervia assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para reparar de forma individual e coletiva os danos causados pelo acidente. Pouco antes das 7h de hoje, um trem que seguia para Deodoro colidiu com outro que estava parado na Estação São Cristóvão.
O TAC foi acertado com a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro e prevê a distribuição de 30 mil bilhetes para passageiros do Ramal Deodoro, como uma forma de reparação coletiva. Os critérios para a concessão dos bilhetes deverão ser divulgados pela Supervia dentro de 30 dias.
Após o acidente, o maquinista Rodrigo da Silva Ribeiro Assumpção, de 40 anos, ficou mais de sete horas preso em ferragens e chegou a ser retirado com vida pelos bombeiros. Entretanto, ele morreu ainda na estação, apesar de bombeiros tentarem reanimá-lo por 20 minutos.
Diante da Defensoria Pública, a Supervia se comprometeu ainda a custear integralmente o tratamento médico, fisioterápico e psicológico de todas as vítimas. Todos os passageiros atendidos e catalogados em unidades de saúde até amanhã em consequência da colisão serão ressarcidos. Ainda segundo a Defensoria Pública, está previsto o pagamento de indenização por danos morais às vítimas. O valor da reparação é confidencial.
As vítimas do acidente terão 120 dias para buscar reparação e precisam comprovar o dano relatado ou o atendimento. A adesão ao acordo extrajudicial é facultativa, e as vítimas que preferirem podem iniciar ações judiciais individuais.
O TAC foi assinado pela segunda subdefensora pública-geral do estado, Paloma Lamego, o subcoordenador do Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria, Eduardo Chow, o presidente da Supervia, José Carlos Prober, e o advogado da empresa, Marcelo Ferreira Franco.