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Após Carne Fraca, PSOL tentará representação contra Serraglio

O ministro da Justiça, Osmar Serraglio, foi flagrado em conversa com o fiscal agropecuário Daniel Gonçalves, apontado como "líder da organização criminosa"

Serraglio: "ele (Serraglio) intercedeu por uma pessoa que ele chamou de grande chefe", comentou um deputado do partido (Deputado Osmar Serraglio / Facebook/Divulgação)

Serraglio: "ele (Serraglio) intercedeu por uma pessoa que ele chamou de grande chefe", comentou um deputado do partido (Deputado Osmar Serraglio / Facebook/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de março de 2017 às 13h33.

Brasília - O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) anunciou nesta sexta-feira, 17, que vai começar a coletar assinaturas para a criação de uma CPI na Câmara para apurar irregularidades na fiscalização fitossanitária no País.

O deputado também pretende entrar com uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) contra o ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB), flagrado em conversa com o fiscal agropecuário Daniel Gonçalves.

O fiscal é apontado pela Operação Carne Fraca como "líder da organização criminosa". No diálogo interceptado, Serraglio se refere a Gonçalves como "o grande chefe".

"Ele (Serraglio) intercedeu por uma pessoa que ele chamou de grande chefe", comentou Valente. Para o deputado, é grave o atual chefe da Polícia Federal ter demonstrado "intimidade" com o suposto líder da organização criminosa.

O parlamentar disse que iniciará a coleta das 171 assinaturas necessárias para a criação da CPI na próxima semana e disse que a ação do grupo é "gravíssima" do ponto de vista da saúde pública.

"Eles envenenaram a carne. Imagine o pânico na população", declarou.

A bancada do PPS disse que vai acompanhar as investigações e que poderá apoiar a criação de uma CPI. O atual líder do PPS, Arnaldo Jordy (PA), foi um dos parlamentares que, durante a CPI do BNDES, tentou convocar executivos dos grandes frigoríficos para explicar supostos privilégios na contratação de empréstimos do banco público.

Jordy lembrou que a blindagem dos grandes partidos impediu que os executivos viessem à Câmara dar explicações.

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