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Após aprovar PEC no Senado, Temer deve mexer em ministérios

Marx Beltrão e Alexandre de Moraes seriam os primeiros a deixar governo; saída de Moreira Franco não está descartada

Auxiliares do presidente admitem que a atual composição foi estabelecida para garantir êxito na primeira fase do governo Temer.

Auxiliares do presidente admitem que a atual composição foi estabelecida para garantir êxito na primeira fase do governo Temer.

Marcelo Ribeiro

Marcelo Ribeiro

Publicado em 26 de outubro de 2016 às 21h23.

Brasília – Confiante na aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto de gastos públicos no Senado, o presidente Michel Temer (PMDB) avalia a possibilidade de fazer algumas mudanças na composição da Esplanada dos Ministérios depois que a matéria for aceita pelos senadores, em dezembro.

Auxiliares do presidente admitem que a atual composição foi estabelecida para garantir êxito na primeira fase do governo. A conclusão do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e a aprovação da proposta que limita os gastos públicos eram os principais pontos dessa etapa.

Por que esperar a aprovação da PEC do teto de gastos no Senado para realizar as mudanças? Temer estaria decidido a substituir o ministro do Turismo, Marx Beltrão (PMDB-AL), afilhado político do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Para evitar desgaste com Renan e garantir que o cronograma da proposta seria mantido, Temer decidiu esperar.

Vale lembrar que, segundo o cronograma entregue pela assessoria da presidência da Casa, o texto-base da PEC do teto de gastos será votado em segundo turno no Senado em 13 de dezembro.

Se por um lado, a mudança deve desagradar Renan, por outro, não lhe faltarão motivos para comemorar. Um de seus mais novos desafetos, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, também estaria na mira desse esboço de reforma ministerial.

Renan e Moraes trocaram alfinetadas nos últimos dias após a Polícia Federal fazer uma operação contra policiais legislativos que estariam atrapalhando investigações da Operação Lava Jato.

Considerado um dos principais alvos de uma eventual delação premiada do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Moreira Franco, secretário-executivo do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) também pode estar na linha de corte. Se acusações contra Moreira se confirmarem, Temer deve trocar um dos principais homem do seu governo para evitar um desgaste maior.

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