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Após apelo de Levy, votação sobre dívida de Estados é adiada

Após apelo de Levy, Renan adiou votação do projeto que dá 30 dias para o governo regulamentar lei que muda indexadores das dívidas de Estados e cidades


	O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente do Senado, Renan Calheiros
 (Agência Brasil/ Antonio Cruz)

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (Agência Brasil/ Antonio Cruz)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2015 às 16h29.

Brasília - Após apelo do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu adiar para a semana que vem a votação do projeto que dá um prazo de 30 dias para que o governo regulamente a lei que altera os indexadores das dívidas de Estados e municípios com a União.

Aprovado na Câmara nesta terça-feira, 24, o projeto estava na pauta do dia do Senado e seria votado nesta quarta-feira, 25.

O peemedebista resolveu ceder após um grupo de parlamentares, que se reuniu com Levy pela manhã, levar o pedido do ministro a ele.

Segundo o senador Walter Pinheiro (PT-BA), Renan aceitou votar nesta quarta somente o requerimento de urgência para o projeto e esperar para aprová-lo na próxima semana, após a vinda de Levy à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado para detalhar o plano de ajuste fiscal elaborado pela equipe econômica.

Na conversa com senadores, Levy afirmou que o governo está disposto a fazer uma negociação mais ampla para a regulamentação do indexador da dívida, incluindo também os projetos de reforma do ICMS e de convalidação dos incentivos fiscais concedidos pelos governadores no passado.

A estratégia é acenar com a disposição de discutir efetivamente mudanças no chamado "pacto federativo", que trata do equilíbrio da distribuição de receitas entre a União e os governos regionais, para ganhar tempo e não colocar em risco o ajuste fiscal.

Segundo cálculos do Ministério da Fazenda, a mudança no indexador das dívidas dos Estados e municípios fará com que o governo federal abra mão de R$ 163,1 bilhões até 2040.

Pela manhã, Renan havia dito que iria votar o projeto o "mais rapidamente possível" e sinalizado que o Congresso derrubaria um eventual veto da presidente Dilma Rousseff, caso ela resolvesse barrar o projeto.

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