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Após acordo, grupo de Leite e tucanos que eram aliados a Doria definem executiva do PSDB de SP

Convenção de hoje deve marcar retorno de Vinholi à presidência tucana em SP

Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini/Flickr)

Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini/Flickr)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 25 de fevereiro de 2024 às 13h05.

Depois de um ano marcado por troca de acusações e disputa de poder, o grupo do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e os tucanos paulistas que eram ligados ao ex-governador João Doria, atualmente fora da legenda, firmaram acordo de pacificação e devem chegar unidos à convenção que elege, hoje, a nova executiva do PSDB no estado de São Paulo.

A costura para dar fim ao racha interno prevê que Marco Vinholi volte à presidência do diretório paulista e, em contrapartida, apoie, junto a outras lideranças do estado, o projeto presidencial de Leite. Em outubro, Leite abriu uma crise no estado ao suspender a eleição do PSDB-SP e tirar Vinholi do comando do partido. Chegou a ser acusado de dar um “golpe” no diretório.

— Essa história de grupo de A e grupo de B no PSDB-SP não existe mais. Vale, agora, quem está no partido e quer trabalhar. Estamos unidos em São Paulo e, também, com a nacional — diz Vinholi. — Leite representa a renovação na política brasileira e tem nosso total apoio.

Leite e Doria romperam após embate nas prévias que definiram em 2021 o nome tucano para a disputa presidencial. Doria saiu vencedor, mas desistiu da disputa ao Planalto. Posteriormente, desembarcou do PSDB.

Para equilibrar as forças dos dois grupos, o prefeito de Santo André, Paulo Serra, segue na presidência da federação PSDB-Cidadania no estado. Desde novembro, Serra lidera a executiva provisória de São Paulo, montada por Leite.

—Não tem mais lógica falar em grupo de Doria e grupo de Eduardo. A prévia foi há dois anos, temos uma eleição pela frente, o PSDB perdeu tamanho e protagonismo, e todo mundo sabe que, se o partido quiser voltar em 2026, a grande figura que temos é o Eduardo — afirma Paulo Serra.

A unidade entre os grupos foi demonstrada pelo registro de uma chapa única para o diretório estadual, que definirá, ainda hoje, o novo presidente. Além de Vinholi, que foi secretário de Desenvolvimento Regional da gestão Doria, estão na chapa os prefeitos Paulo Serra (Santo André) e Duarte Nogueira (Ribeirão Preto); o ex-governador de São Paulo Rodrigo Garcia; Tomás Covas, filho do ex-prefeito Bruno Covas, morto em maio de 2021; Renata Covas, mãe de Bruno Covas; e o ex-senador da República José Aníbal, entre outros.

A convenção começará às 9h, na Assembleia Legislativa, com Leite e Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB. Após sua posse, Vinholi planeja avaliar a situação do partido em cada cidade do estado, visando a definição de quantos candidatos a prefeito e vereador serão lançados. O cenário na capital é delicado, com metade da bancada de vereadores indicando possível desfiliação.

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