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Apoio ao isolamento social contra coronavírus cai 8 pontos, diz Datafolha

Pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 29, mostra população dividida sobre o tema pela primeira vez desde o início da pandemia

Pessoas usando máscaras em meio ao surto de coronavírus no Rio de Janeiro  (Pilar Olivares/Reuters)

Pessoas usando máscaras em meio ao surto de coronavírus no Rio de Janeiro (Pilar Olivares/Reuters)

Ligia Tuon

Ligia Tuon

Publicado em 29 de abril de 2020 às 10h52.

Última atualização em 29 de abril de 2020 às 16h54.

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira, 29 mostra que, pela primeira vez desde o início da pandemia causada pelo novo coronavírus, a população está dividida entre os que apoiam a volta ao trabalho de pessoas fora do grupo de risco e os que consideram mais adequado um isolamento mais amplo.

A parcela de pessoas desse último grupo representa agora 52% do total ante 60% registrados no início de abril, ou seja, uma queda de 8 pontos no mês. O grupo de risco é formado de idosos e pessoas com doenças cardiorespiratórias.

A pesquisa mostra que 46% dos brasileiros defendem que as pessoas fora dos grupos de risco deveriam voltar à rotina normal ante 37% registrados no início do mês. No meio de abril, esse percentrual chegou a 41%.

Segundo o Datafolha, entre os que defendem a volta ao trabalho de quem não está no grupo de risco, 67% avaliam o governo Bolsonaro como ótimo/bom. De outro lado, 26% consideram como ruim/péssimo.

Outro dado trazido pelo levantamento leva em consideração o poder aquisitivo dos entrevistados. Do grupo que ganha mais de 10 salários mínimos, 58% apoiam a volta ao trabalho de quem não está em grupo de risco. No grupo dos que recebem até dois salários, esse percentual é de 44%.

Os mais ricos, por sua vez, são os que mais cumprem a quarentena: 71%. Desses, 56% dizem sair só quando inevitável e 15%, nunca.

A pesquisa falou com 1.503 brasileiros adultos de todos os estados brasileiros, pelo celular, na segunda-feira. A margem de erro é de três pontos percentuais.

 

 

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