Octavio de Barros diz que valorização das moedas deve continuar (.)
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2010 às 18h13.
São Paulo - A equipe econômica do Bradesco reduziu de R$ 1,80 para R$ 1,75 a previsão para o dólar neste ano, e de R$ 1,90 para R$ 1,80 a cotação para 2011.
Relatório do banco divulgado nesta sexta-feira (24) destaca a valorização das moedas de vários países frente ao dólar e diz que governos e bancos centrais, com destaque para o Japão, intervieram no câmbio.
"Nossa leitura prévia é de que esta tendência de valorização será mantida e de que as intervenções, a exemplo de outros momentos, deverá apenas conter a intensidade da valorização sem, contudo, alterar a trajetória de longo prazo."
O texto assinado pelo diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Octavio de Barros, diz que a economia americana tem uma "frágil recuperação que requer taxas de juros em patamares reduzidos por um período de tempo bastante extenso". Por outro lado, os países emergentes tendem a normalizar sua taxas de juros, o que vai gerar uma atração ainda maior de recursos.
No caso brasileiro, apesar das declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o governo não vai permitir a valorização excessiva do real, nenhuma alteração foi sentida no câmbio. Nem mesmo o anúncio de que o Fundo Soberano comprará dólares mexeu com o mercado. A moeda americana começou a semana valendo R$ 1,71 e encerrou no mesmo patamar.
Segundo a equipe econômica do Bradesco, os crescentes saldos negativos em conta corrente deverão impor limites para o movimento de apreciação do real. "Não acreditamos, contudo, em dificuldades de financiamento, diante das expectativas à vista para a economia brasileira e de um cenário global de crescimento mais moderado."
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