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Apesar de oposição do PSL, Câmara aprova texto-base de MP de Bolsonaro

Em crise interna, partido orientou deputados a votarem pela obstrução da medida que altera funções do governo

Placar da votação: deputados aprovaram a Medida Provisória 886 (Pablo Valadares/Agência Câmara)

Placar da votação: deputados aprovaram a Medida Provisória 886 (Pablo Valadares/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de outubro de 2019 às 21h03.

A Câmara aprovou na noite desta terça-feira, 15, o texto principal da medida provisória 886 que trata sobre a reformulação da estrutura do Poder Executivo e transfere o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para a Casa Civil. A medida foi aprovada por 314 votos a favor e 57 contras.

Os deputados precisam ainda analisar os destaques e, na sequência, a medida vai ao Senado. A MP perde a validade amanhã se não for votada até lá.

A mudança do PPI foi decidida na esteira de uma minirreforma administrativa no Palácio do Palácio feita após a saída do ministro general Carlos Alberto dos Santos Cruz da Secretaria de Governo, em junho.

Na ocasião, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, deixou de cuidar da articulação política com o Congresso, mas ganhou a coordenação do programa, um dos mais cobiçados no governo. Em 2019, a estimativa é de investimentos na ordem de R$ 7 bilhões em aeroportos, portos e ferrovias.

No início da votação, o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro que vive uma crise interna, obstruiu a tramitação e tentou esvaziar o quórum do plenário. A medida, no entanto, não teve sucesso e, na votação final, do mérito da matéria, o partido acabou orientando o voto sim.

Os parlamentares analisam agora os destaques à medida provisória. Há quatro pedidos de alteração feitos pela oposição para serem analisados ainda.

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