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Apenas metade das crianças em SP foi vacinada contra poliomelite neste ano

A meta era proteger pouco mais de 2 milhões de crianças, que representam 95% do público-alvo

Poliomielite: "Uma taxa de 48% para pólio é uma ameaça de morte e de paralisia infantil para as nossas crianças" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Poliomielite: "Uma taxa de 48% para pólio é uma ameaça de morte e de paralisia infantil para as nossas crianças" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de novembro de 2020 às 11h14.

Última atualização em 13 de novembro de 2020 às 15h13.

Às vésperas do encerramento de campanhas de vacinação, o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, informou na quinta-feira, 12, que a taxa de cobertura vacinal tem o pior resultado dos últimos anos no Estado de São Paulo. Para poliomielite, a adesão de crianças de 1 a 5 anos está em apenas 52,4%. A meta era proteger pouco mais de 2 milhões de crianças, que representam 95% do público-alvo.

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"Uma taxa de 48% para pólio é uma ameaça de morte e de paralisia infantil para as nossas crianças", disse Gorinchteyn em coletiva realizada ao meio-dia.

No fim da tarde, a secretaria atualizou o número para 52,4%. "Temos de vacinar. Um país que vacina é um país desenvolvido. E ela, sim, que vai garantir que crianças, adultos e idosos deixem de morrer."

Segundo o secretário, o Estado já havia constatado queda de adesão nos últimos "dois ou três anos", mas "este ano as taxas se mostraram ainda piores".

Multivacinação

Já a campanha de multivacinação, que teve início no dia 5 de outubro, atingiu 70,3% das crianças com menos de um ano. Este número sofre redução significativa entre crianças e adolescentes de 5 a 14 anos, com apenas 47,6% de cobertura.

A iniciativa tem como objetivo atualizar as cadernetas vacinais, aplicando doses em eventuais situações de atraso ou necessidade de reforço. Entre as vacinas ofertadas estão a BCG e a pentavalente, que previnem doenças como tuberculose, hepatite B e coqueluche.

Prorrogação

As campanhas estavam previstas para acabar nesta sexta, 13, mas o governo do Estado estuda a prorrogação por causa do baixo resultado até o momento.

"Nossa meta é atingirmos 95% das crianças. Não podemos conceber que isso seja menor", afirmou Gorinchteyn.

As campanhas já haviam sido prorrogadas no fim de outubro, quando só 39,6% do público-alvo havia comparecido aos postos de saúde.

A meta do governo de São Paulo é imunizar 2,2 milhões de crianças contra a doença. Já a de multivacinação engloba 14 tipos de imunizantes que protegem contra 20 enfermidades, entre elas tuberculose, tétano e hepatite B.

Pais ou responsáveis devem levar as crianças a um dos 5 mil postos de saúde localizados na cidades do Estado com a carteira de vacinação em mãos. Lá, um profissional avalia quais doses precisam ser aplicadas.

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