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Apenas 57% da frota de ônibus opera na cidade do Rio, diz sindicato

De acordo com a entidade, cenário de desabastecimento de óleo diesel segue se agravando e os passageiros devem ficar atentos para enfrentar dificuldade

Ônibus: empresas estão sem combustível em decorrência da greve dos caminhoneiros (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Ônibus: empresas estão sem combustível em decorrência da greve dos caminhoneiros (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 24 de maio de 2018 às 20h04.

Um balanço divulgado nesta tarde (24) pelo Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro (Rio Ônibus) aponta que apenas 57% da frota está em operação no município.

A situação tende a se agravar até o fim do dia. De acordo com a entidade, o cenário de desabastecimento de óleo diesel segue se agravando e os passageiros devem ficar atentos para enfrentar dificuldade na volta para casa.

As empresas de ônibus estão sem combustível em decorrência da greve dos caminhoneiros. Os postos de combustível da cidade também estão secando gradativamente.

Os caminhoneiros estão paralisados protestando justamente contra o aumento no preço do diesel. Segundo o Rio Ônibus, caso a situação não se reverta, há risco de paralisação total do sistema de transporte público.

"As empresas consorciadas estão empenhando todos os esforços para que a população não seja prejudicada, chegando até a abastecer os coletivos em postos de gasolina comuns, em muitos casos, mesmo com o preço do óleo diesel superior ao habitual. Porém, os recursos estão cada vez mais escassos", registra nota divulgada pelo sindicato empresarial.

A Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Rio de Janeiro (Fetranspor) também divulgou nota na tarde de hoje com conteúdo semelhante. A entidade estima que, em todo o estado, os ônibus em operação representem entre 60% e 70% da frota.

Medidas que vem sendo tomadas com intuito de preservar os serviços foram listadas pela Fetranspor. "As empresas mantêm, desde o início da semana, o contingenciamento da frota, com a redução gradativa do número de ônibus em circulação. O abastecimento vem sendo feito de forma emergencial em postos de gasolina, mas a oferta de óleo diesel é cada vez menor. O combustível armazenado em veículos da reserva técnica ou que estão em manutenção preventiva estão sendo aproveitados pelas empresas", acrescenta a nota.

Postos de combustível

De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Estado do Rio de Janeiro (Sindestado), entre 80% e 90% dos postos já estão sem combustíveis nos municípios fluminenses.

"Estamos no quarto dia da greve dos caminhoneiros, sendo que, em média, os postos costumam recompletar seus tanques a cada três dias. Quem ainda tem combustível para vender, está certamente no final do seu estoque".

Na capital, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Município do Rio de Janeiro (Sindcomb) divulgou no início da tarde o resultado de um levantamento em 44 postos.

Em 23 deles, todas as bombas já estavam secas. Apenas um posto em Botafogo, o Posto CW332, ainda possuía os três combustíveis: diesel, etanol e gasolina.

A situação também provoca desabastecimento de produtos em mercados e no comércio em geral. A Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) divulgou comunicando lamentando "a paralisia da atividade econômica do país" e criticando "a incapacidade da classe política de dar respostas rápidas e efetivas à altura da gravidade do problema".

 

 

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