Brasília (DF), 21.05.2024 - Ministro Jorge Messias, da Advocacia Geral da União - AGU, é o entrevistado do programa A Voz do Brasil, da EBC. Foto: Juca Varella/Agência Brasil
Agência de notícias
Publicado em 14 de outubro de 2024 às 17h48.
O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, afirmou que o órgão está avaliando a possibilidade de entrar com uma ação judicial por danos morais coletivos contra a concessionária de energia em São Paulo, a Enel, devido ao prejuízo causado à população pelo apagão que já dura três dias no município.
“Estamos, como Advocacia-Geral da União, avaliando diante da prática reiterada da Enel a promoção de uma ação por dano moral coletivo em razão de infrações contratuais por parte dessa concessionária de energia elétrica”, afirmou Messias no Palácio do Planalto nesta segunda-feira, 14.
Ele destacou ainda que, além de uma eventual multa, será discutida a responsabilização pela falta de ressarcimento dos consumidores afetados. Essa medida visa ir além de uma simples punição financeira, buscando compensar os danos morais sofridos pela população.
Além da ação judicial, o governo federal anunciou a abertura de uma auditoria para avaliar o trabalho da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na fiscalização da Enel. A investigação buscará identificar falhas na supervisão da agência em relação à prestação de serviços pela concessionária.
O governo também notificou a Enel para que explique as razões para a falta de luz em diversos bairros da cidade. Além disso, a prefeitura de São Paulo foi acionada para detalhar as medidas que já foram e que ainda serão adotadas para mitigar os impactos do apagão.
Segundo o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius de Carvalho, o presidente da República determinou a realização de uma auditoria completa na Aneel, abrangendo desde as falhas que deveriam ter sido corrigidas no ano passado até as ações preventivas para evitar que a situação se repita.
“O presidente determinou que a CGU fizesse uma auditoria completa sobre a Aneel e a concessionária Enel. Desde o que deveria ter sido adotado no ano passado e não foi, até o que vai acontecer daqui para frente para que as mesmas falhas não aconteçam”, declarou Carvalho.
A crise gerada pelo apagão tem provocado divergências entre o governo federal e a prefeitura de São Paulo, e uma entrevista coletiva foi convocada para esclarecer as medidas que estão sendo adotadas.