(Paulo Pinto/Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 16 de outubro de 2024 às 06h23.
Última atualização em 16 de outubro de 2024 às 06h44.
Ao menos até às 6h00 de de hoje, 100 mil imóveis na Região Metropolitana de São Paulo ainda estavam sem energia elétrica. A informação foi divulgada ela Enel em seu site nesta manhã. Esta quarta-feira, 16, completa cinco dias desde que moradores dessas cidades estão sem luz após a tempestade da última sexta-feira.
A tempestade com ventos acima de 100 km/h deixou sete mortos no estado de São Paulo, além de transtornos em serviços públicos e no comércio. O impacto acabou transbordando para a campanha eleitoral à prefeitura e gerou trocas de acusações. O tema foi predominante no debate entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos na segunda-feira desta semana.
O apagão levou ainda a uma troca de acusações entre autoridades de diferentes níveis de governo pelo corte de energia. O governo federal anunciou medidas contra a distribuidora Enel e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Além de também cobrar a agência, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, discutiu pelas redes sociais com o prefeito Ricardo Nunes, a quem acusou de espalhar notícias falsas. Nunes, para quem “não existe falha da prefeitura” na crise, responsabilizou o ministério e a Aneel.
O que pode acontecer com a Enel após falta de luz na capitalA demora para restabelecer o sistema tem sido alvo de críticas. O diretor da Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo (Arcesp), Thiago Veloso, afirmou que a Enel havia se comprometido a empregar 2,5 mil pessoas em “cenário de contingência extrema”, como o desta semana. O plano havia sido apresentado após outro apagão, em 2023, mas não foi cumprido nos primeiros dias da crise.
Na tarde de segunda, a Enel informou em nota que cumprirá o prazo de três dias, dados pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para o restabelecimento completo do serviço na Região Metropolitana de São Paulo.
Segundo a companhia, seus funcionários receberam reforços de equipes de outros grupos de distribuição de energia, como Light, Neoenergia, Elektro e EDP, para atuarem na área de concessão. “A Enel também mobilizou profissionais de suas distribuidoras do Chile, Itália, Espanha e Argentina, além de equipes do Rio de Janeiro e do Ceará, que chegaram no final de semana. Com esse incremento, o número de profissionais em campo chegará a 2,9 mil técnicos”, informou.