São Paulo: o Estado é o que tem o maior número de infectados pelo coronavírus. (Rahel Patrasso/Reuters)
Clara Cerioni
Publicado em 12 de março de 2020 às 11h37.
Última atualização em 12 de março de 2020 às 15h34.
São Paulo — O Ministério da Saúde apresentou nesta quinta-feira, 12, os novos dados sobre a situação do coronavírus no Brasil. Até o momento, a pasta confirma 60 casos da doença.
O número diverge dos 69 já divulgados pois a pasta tem um horário limite para receber as confirmações dos estados, municípios e hospitais.
São Paulo segue com o maior número de casos (30). Por conta disso, o governador João Doria (PSDB) anunciou que o Estado deve ganhar mil leitos para absorver o impacto da Covid-19. Há ainda infectados no Rio de Janeiro (13), Paraná (6), Rio Grande do Sul (4), Distrito Federal (2), Bahia (2), Alagoas (1), Espírito Santo (1) e Minas Gerais (1).
A Saúde lançou, ainda, editais para contratação pelo programa Mais Médicos para o Sistema Único de Saúde (SUS). A previsão é de 5 mil médicos com contrato de um ano.
Atualmente, o governo conta com 28 mil leitos habilitados para atender pelo SUS. Até a próxima semana, o Ministério da Saúde prevê que mais 130 novos leitos já estejam disponíveis. Haverá ainda a contratação emergencial de 2 mil leitos de UTI hospitais que atendem pelo SUS e tenham a capacidade de ampliação emergencial.
A pasta editou uma portaria que determina, entre outras regras, a diferença entre isolamento e quarentena. No caso do isolamento, ele é válido por 14 dias e pode ser determinado por prescrição médica.
Nas quarentenas o isolamento é de 40 dias e somente poderá ser decretado pelo gestor local de saúde, ou seja, secretários municipais e estaduais, após avaliação do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE Nacional).
Em caso de quarentena, o Ministério da Saúde diz que o governo vai ter a obrigação de fornecer uma série de recursos para a população, como água e comida, além estabelecer controles e fiscalização com o auxílio das forças de segurança pública.