No início da noite, cerca de mil manifestantes partiram da Candelária em direção à Cinelândia pela Avenida Rio Branco, que foi fechada para o trânsito, na Marcha pelo Dia Mundial do Orgulho LGBT (REUTERS/Lucas Landau)
Da Redação
Publicado em 28 de junho de 2013 às 23h18.
Rio de Janeiro - Pelo menos quatro manifestações foram realizadas nesta sexta-feira no Rio, todas pacíficas e sem registro de confrontos com a polícia até as 18h30. Taxistas, médicos, outros profissionais de saúde e a comunidade Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) foram às ruas para protestar por diferentes causas.
No início da noite, cerca de mil manifestantes partiram da Candelária em direção à Cinelândia pela Avenida Rio Branco, que foi fechada para o trânsito, na Marcha pelo Dia Mundial do Orgulho LGBT.
"Errar é humano, insistir no erro é Feliciano", gritavam os manifestantes, referindo-se ao presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Marco Feliciano (PSC-SP), e à proposta defendida por ele da chamada "cura gay". O popular "Quem não pula quer aumento" foi adaptado para "Quem não pula tá curado".
O presidente do Grupo Arco-Íris, Júlio Moreira, defendeu a aprovação do projeto que criminaliza a homofobia. "Homossexualismo não é doença, homofobia, sim", disse.
Mais cedo, cerca de 150 médicos se reuniram em frente à sede do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), em Botafogo, na zona sul, para protestar contra a intenção do governo federal de autorizar profissionais estrangeiros a trabalhar no Brasil sem se submeter a exame para testar os conhecimentos.
O grupo saiu em caminhada até Copacabana. "Não faltam médicos no País, faltam condições dignas de trabalho para a categoria", reclamou o secretário-geral do Cremerj, Pablo Queimadelos.
O grupo também cobra da presidente Dilma Rousseff que sancione a regulamentação da profissão, por meio da Lei do Ato Médico. Essa norma foi aprovada pelo Congresso após 11 anos de tramitação e agora depende da sanção presidencial para entrar em vigor.
Quase simultaneamente, outros profissionais de saúde se reuniram na Cinelândia para pedir que Dilma vete a Lei do Ato Médico. Enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais temem que as funções fiquem reduzidas por causa da lei, porque determinados procedimentos seriam exclusivos de médicos.
Pela manhã, um grupo de mais de 500 taxistas se reuniu para protestar contra uma decisão judicial que interrompe as transferências, a hereditariedade, a inscrição de vagas auxiliares e a liberação de permissões cassadas de motoristas de táxi. Eles reuniram-se nas imediações do Aeroporto Santos-Dumont e seguiram pelo Aterro, causando grande lentidão no trânsito.