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Anvisa recebe pedido de uso emergencial de remédio contra covid-19

O medicamento em questão é o Paxlovid, desenvolvido pela Pfizer — e já aprovado para uso nos Estados Unidos

Paxlovid: agência terá 30 dias para analisar submissão de pedido de uso emergencial (Jakub Porzycki/NurPhoto/Getty Images)

Paxlovid: agência terá 30 dias para analisar submissão de pedido de uso emergencial (Jakub Porzycki/NurPhoto/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2022 às 16h42.

Última atualização em 16 de fevereiro de 2022 às 18h24.

A Anvisa comunicou, nesta quarta-feira, que recebeu o pedido de aprovação de uso emergencial do medicamento Paxlovid. O pedido foi submetido pela Pfizer, mesma fabricante da vacina Comirnaty. Antes do comunicado, a Anvisa já havia se reunido com representantes da Pfizer em 19 de janeiro para a pré-submissão do pedido de uso emergencial, cumprindo uma medida de praxe nesse tipo de solicitação.

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A partir de agora, a agência terá 30 dias para analisar estudos e emitir um parecer em relação à eficácia da pílula para reduzir a forma grave da covid-19 e óbitos causados pela doença.

O medicamento em questão já foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA, a autoridade dos Estados Unidos com atuação similar à da Anvisa) em dezembro de 2021 e desde então segue em uso no país, mediante apresentação de receita médica. Além dos Estados Unidos, a União Europeia também aprovou o uso do medicamento, segundo parecer emitido pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) também emitido em 2021.

Trata-se de um remédio administrado por via oral, que age bloqueando uma enzima que impede o coronavírus de se replicar no corpo humano. Segundo informações da Pfizer divulgadas em 2021 (não revisadas por pares da comunidade científica), o medicamento pode reduzir o risco de internação ou hospitalização em 89%, se forem tratados dentro de três dias após o início dos sintomas.

Ainda segundo informações da farmacêutica, publicadas pelo Estadão, testes em laboratórios mostraram que o medicamento também funciona contra a variante ômicron.

Este é o único medicamento a ser analisado pela agência brasileira contra covid-19. Em novembro do ano passado, a Anvisa se reuniu também com o laboratório MSD a respeito do medicamento Monlupiravir e, antes disso, em março, a agência anunciou o registro do primeiro medicamento para pacientes hospitalizados com covid-19, o antiviral Remdesivir.

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