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Anvisa decide hoje se libera cultivo de maconha para fins medicinais

Hoje, a indústria farmacêutica não tem permissão para cultivo no Brasil e a importação só é permitida com autorização da Anvisa

Maconha: compostos da planta podem ser usados como base para medicamentos (The Denver Post/Getty Images)

Maconha: compostos da planta podem ser usados como base para medicamentos (The Denver Post/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2019 às 11h28.

Última atualização em 3 de dezembro de 2019 às 11h31.

São Paulo — A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decide nesta terça-feira (3) se autoriza o cultivo de maconha para fins medicinais e científicos no Brasil.

A diretoria da agência deverá deliberar sobre o voto recomendado pelo relator William Dib, que sugere a permissão e regulamentação do plantio e cultivo para fins medicinais, além da importação de medicamentos baseados em compostos da planta.

Em seu voto, ele afirma que a permissão é baseada, entre outros pontos, em consultas públicas que mostraram apoio de 85% da população ao uso da cannabis medicinal.

Hoje, a indústria farmacêutica não tem permissão para cultivo no Brasil e a importação só acontece com autorização da Anvisa.

Renúncia

Nesta segunda (2), o diretor da Anvisa Renato Porto anunciou sua renúncia ao cargo. Porto é considerado um entusiasta da cannabis medicinal.

A partir de janeiro de 2020, Jair Bolsonaro poderá ter maioria na diretoria da agência, formada por cinco integrantes, e ele não deve indicar entusiastas do cultivo da cannabis ou da venda de remédios derivados dela.

Bolsonaro já indicou um diretor do colegiado, Antônio Barra Torres, que assumirá a presidência da Anvisa no ano que vem.

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