Anvisa: a potencial vacina da GSK usa tecnologia de partícula semelhante a coronavírus e é aplicada em duas doses com intervalo de 21 dias entre elas (Hakan Nural/Anadolu Agency/Getty Images)
Reuters
Publicado em 8 de abril de 2021 às 10h04.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta quinta-feira os testes clínicos no Brasil de uma potencial vacina contra covid-19 desenvolvida pela farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK) em conjunto com a empresa canadense Medicago, informou a agência reguladora em nota.
A autorização dada pela Anvisa é para a realização dos ensaios clínicos em Fases 2/3, que visam avaliar a segurança, eficácia e imunogenicidade da potencial vacina, com 3.500 voluntários no país, disse a Anvisa.
"Na fase 3 do estudo planeja-se incluir até 30 mil voluntários distribuídos entre o Canadá, Estados Unidos, além da América Latina, Reino Unido e Europa. No Brasil, planeja-se incluir 3.500 voluntários na porção 3 do estudo de Fase 2/3. A fase 1 e 2 do estudo está em andamento no Canadá e Estados Unidos", afirmou a agência.
De acordo com órgão regulador, a potencial vacina da GSK usa tecnologia de partícula semelhante a coronavírus e é aplicada em duas doses com intervalo de 21 dias entre elas.
Esse é o quinto estudo clínico de uma vacina contra Covid-19 autorizado pela Anvisa no Brasil. Antes, a agência autorizou os testes com as vacinas Oxford/AstraZeneca, CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, da Pfizer com a BioNTech e da Janssen, subsidiária da Johnson&Johnson.
As vacinas da AstraZeneca e da Pfizer já obtiveram registro definitivo junto à Anvisa, enquanto a CoronaVac e o imunizante da Janssen têm autorização para uso emergencial no país dada pela agência reguladora.
A campanha nacional de vacinação contra Covid-19 acontece no Brasil em sua maioria com doses da CoronaVac e, em quantidade menor, com a AstraZeneca. O Ministério da Saúde tem acordo para receber futuramente doses dos imunizantes da Pfizer e da Janssen.