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Anvisa: análise da Coronavac para crianças deve avançar nesta semana

O Instituto Butantan pediu a aprovação da vacina contra covid-19 Coronavac em crianças de 3 a 11 anos

 (Governo do Estado de São Paulo/Flickr)

(Governo do Estado de São Paulo/Flickr)

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Reuters

Publicado em 20 de dezembro de 2021 às 14h15.

Última atualização em 20 de dezembro de 2021 às 15h16.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve fazer avanços importantes nesta semana sobre a análise do novo pedido do Instituto Butantan para aplicação da vacina contra covid-19 Coronavac em crianças de 3 a 11 anos, disse o gerente de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, nesta segunda-feira.

Em entrevista à GloboNews, ele disse, ao mesmo tempo, ainda não ser possível se comprometer com uma data de anúncio da decisão do órgão regulador.

"O Instituto Butantan mandou um novo pacote com dados que, em tese, trazem as respostas para aquelas perguntas que nós fizemos quando não aceitamos o pedido anterior. Nossa expectativa então é, já nesta semana, fazer o mesmo procedimento que a gente fez com a Pfizer. A gente vai envolver sociedades médicas nesta discussão, escrutinar com detalhes esses estudos para que a gente possa tomar a decisão", disse Mendes.

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"Acredito que nesta semana, sim, a gente vai ter alguns avanços nessa avaliação, mas ainda não consigo dizer para vocês um desfecho, não consigo dizer para vocês se a gente vai tomar uma decisão nesta semana. Mas vamos ter avanços importantes sim", acrescentou.

Na semana passada, a Anvisa autorizou a aplicação da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos no Brasil. Entretanto, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse a jornalistas em Brasília que não há pressa para vacinar essa faixa etária e não informou uma data em que a vacinação de crianças começaria, apesar de afirmar que o contrato com a Pfizer prevê o fornecimento de doses pediátricas.

O ministro argumentou que não recebeu o inteiro teor da decisão da Anvisa e que a principal preocupação da pasta é com a segurança do imunizante. Indagado sobre o tema, o gerente de medicamentos da Anvisa disse que cabe ao ministério decisões sobre aquisição de vacinas e logística, mas afirmou: "Essa análise da análise, no que diz respeito à segurança e eficácia da vacina, na nossa visão, é algo novo".

Ele acrescentou que a decisão da Anvisa foi publicada no Diário Oficial da União e que todos os documentos referentes aos motivos que levaram a agência a autorizar a vacina da Pfizer para crianças estão publicados no site da agência na internet.

O presidente Jair Bolsonaro questiona frequentemente, sem apresentar fundamentos, a eficácia das vacinas contra covid e, após a Anvisa autorizar a aplicação do imunizante em crianças, disse que havia pedido os nomes dos responsáveis da decisão da agência, que, por lei, é um órgão regulador independente do governo.

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