Brasil

Anvisa prepara viagem à China para avaliar fábrica da Coronavac

A Anvisa suspendeu 25 lotes da Coronavac, vacina fabricada pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Butantan, no último sábado, 4

Anvisa: A agência destacou que o Instituto Butantan não apresentou o relatório de inspeção emitido pela autoridade sanitária da China (Amanda Perobelli/Reuters)

Anvisa: A agência destacou que o Instituto Butantan não apresentou o relatório de inspeção emitido pela autoridade sanitária da China (Amanda Perobelli/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de setembro de 2021 às 15h22.

Última atualização em 9 de setembro de 2021 às 15h25.

Após análise dos documentos apresentados pelo Instituto Butantan sobre a interdição de 12,1 milhões de doses de Coronavac, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou na quarta-feira, 8, ter concluído que as informações recebidas "não respondem satisfatoriamente todas as incertezas". Com isso, a agência reguladora solicitou apoio ao Itamaraty para obter acesso a relatórios de inspeção completos da fábrica chinesa onde as doses foram envasadas e pretende enviar uma equipe técnica à China.

A Anvisa suspendeu 25 lotes da Coronavac, vacina fabricada pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Butantan, no último sábado, 4. Válida por 90 dias, a determinação foi tomada após o órgão constatar que o envasamento das doses ocorreu em uma linha de produção inaugurada na China durante a pandemia. O governo de São Paulo informou em coletiva que, a fim de resolver a interdição, o Instituto Butantan encaminhou informações adicionais à agência na manhã desta quarta. "Não há mais nenhuma pendência", afirmou o governador João Doria (PSDB).

Em nota, a agência reguladora apontou que, após a reunião ocorrida na última segunda-feira, 6, recebeu as seguintes documentações do Instituto Butantan:

Formulário de não conformidades de inspeção ocorrida entre 24 e 26 de fevereiro de 2021.

Formulário de não conformidades de inspeção ocorrida entre 16 e 18 de fevereiro de 2021.

Planos de ação elaborados pela Sinovac para ambas as inspeções.

Declaração da Sinovac informando que a Beijing Municipal Medical Products Administration é reconhecida pela NMPA (autoridade regulatória da China para medicamentos).

Análise de risco do Butantan sobre os lotes impactados.

A agência destacou que o Instituto Butantan não apresentou, contudo, o relatório de inspeção emitido pela autoridade sanitária da China, que seria "essencial para avaliação das condições de aprovação da planta, que podem incluir compromissos e condicionantes para permitir a operação no local". Segundo a agência, os formulários de não conformidades apresentados inclusive "reforçam as preocupações da Anvisa relacionadas às práticas assépticas e rastreabilidade dos lotes".

  • Quer saber tudo sobre o ritmo da vacinação contra a covid-19 no Brasil e no Mundo? Assine a EXAME e fique por dentro.
Acompanhe tudo sobre:AnvisaInstituto ButantanSinovac/Coronavac

Mais de Brasil

PGR defende que Collor vá para prisão domiciliar

Dino suspende pagamento de emendas parlamentares de saúde sem conta bancária específica

Oposição formaliza pedido de CPI do INSS com 184 assinaturas e aumenta pressão pela saída de Lupi