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Animais silvestres são apreendidos na Baixada Fluminense

Muitas aves estavam maltratadas e debilitadas, acondicionados em minúsculos caixotes de madeira; sob sol forte e sem qualquer proteção, sem água e sem comida


	Arara: os agentes apreenderam 25 animais, entre eles 12 canários-da-terra, um canário, um tiziu e um sanhaço; um sabiá e um galo-da-campina
 (©AFP / Christophe Simon)

Arara: os agentes apreenderam 25 animais, entre eles 12 canários-da-terra, um canário, um tiziu e um sanhaço; um sabiá e um galo-da-campina (©AFP / Christophe Simon)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 17h06.

Rio de Janeiro - Quatro pessoas foram presas e 25 animais silvestres apreendidos durante fiscalização feita hoje (22) pela Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais, da Secretaria de Estado do Ambiente, na feira de Areia Branca, município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, para reprimir o comércio ilegal de animais silvestres.

Muitas aves estavam maltratadas e debilitadas, acondicionados em minúsculos caixotes de madeira; sob sol forte e sem qualquer proteção, sem água e sem comida.

Os agentes apreenderam 25 animais: 12 canários-da-terra, um canário, um tiziu e um sanhaço; um sabiá, um galo-da-campina, um papa-capim e um coleiro, além de seis jabutis.

Os animais foram levados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres, do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, em Seropédica, na região metropolitana do Rio, onde ficarão de quarentena. Após período de recuperação, serão devolvidos à natureza.

Na feira, foram presos Eucribes Darantes, 63 anos, Fernando Freitas de Carvalho, 27, José Hermógenes, 55, e Sebastião Júlio de Oliveira, 53. Além deles, três menores foram apreendidos. Todos foram conduzidos para a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente.

Eles responderão por crime ambiental, cujas penas variam de seis meses a um ano de detenção, além de multa de R$ 500 por cada animal apreendido.

O coordenador da fiscalização, coronel da Polícia Militar José Maurício Padrone, afirmou que os animais apreendidos estavam maltratados, em péssimas condições de saúde, subnutridos e doentes.

“Para os animais silvestres chegarem à feira sem que os traficantes sejam flagrados, os animais são submetidos a situações críticas, como transporte inadequado e sem ventilação, e passam muitos dias sem água e comida.

Em um grupo de dez animais capturados na natureza, em média, nove morrem antes de chegar às feiras”.

Para o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, é importante modificar a Lei de Crimes Ambientais, para endurecer as penas dos traficantes de animais silvestres.

“As penas têm que ser mais duras. Hoje, a pena de um traficante de animais silvestres é igual à pena de uma vovó detida com dois canários na gaiola. Se não endurecermos a legislação, a repressão a esse tipo de crime continuará sendo como enxugar gelo. Você prende o traficante e, no dia seguinte, ele está na rua de novo, praticando o mesmo tipo de crime”, disse.

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