Joaquim Levy e Nelson Barbosa durante entrevista coletiva para o anúncio da nova equipe econômica (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2014 às 17h59.
São Paulo - O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, avaliou que a nova equipe econômica, anunciada oficialmente nesta quinta-feira, 27, pelo Palácio do Planalto, tem "total competência para guiar o Brasil rumo ao crescimento".
"Além disso, não tenho dúvidas de que a indústria automobilística, em razão de sua importância para a economia brasileira, será peça fundamental para este crescimento", declarou Moan em nota enviada a jornalistas, por meio da assessoria de imprensa da Anfavea.
Com previsão de queda nas vendas entre 5% e 6% em 2014, a indústria automobilística enfrenta dificuldades neste ano e a perspectiva das montadoras é de uma retomada somente a partir de 2016.
Para tentar reverter esse quadro, a Anfavea negocia com o governo uma retomada gradual do IPI, previsto para voltar para a alíquota cheia (entre 7% e 25%) em 2015. Atualmente, ela está entre 3% e 25%.
O ministro-chefe da secretária de Comunicação Social do Palácio do Planalto, Thomas Traumann, divulgou hoje nota informando que a presidente Dilma Rousseff anunciou Joaquim Levy como novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa como novo titular para o Planejamento e que Alexandre Tombini foi convidado a permanecer no Banco Central.
Anfir
Já o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), Alcides Braga, reivindicou que a nova equipe econômica possa executar medidas que favoreçam a melhora das contas públicas e permitam a retomada do crescimento econômico.
Em breve nota, o executivo disse esperar que a nomeação de Joaquim Levy para a Fazenda "traga mais benefícios à economia do Brasil, tanto na esfera pública quanto na esfera privada, com medidas que equilibrem as contas públicas e reaqueçam a atividade econômica como um todo".
O setor de implementos tem se ressentido da queda da atividade no País e acumula uma queda de 10,97% de janeiro a outubro, em relação ao mesmo período do ano passado.
O governo chegou a baixar medidas relacionadas ao financiamento que poderiam estimular o setor, como ampliar a parcela financiável de implementos rodoviários no programa PSI/Finame e a inclusão do leasing para financiamento de implementos rodoviários, caminhões e demais produtos no programa Procaminhoneiro.
Ainda assim, a expectativa é que as medidas não serão suficientes para reverter o quadro de retração do setor.