O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga: só depois dessa análise a Aneel poderá definir percentuais de reajustes, disse Braga (Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 14 de janeiro de 2015 às 15h05.
Brasília - O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse que o reajuste da tarifa de energia este ano não chegará ao patamar de 40% devido a suspensão dos repasses do Tesouro Nacional para o setor.
“Não sei de onde tiraram [esse percentual]. Não creio em [reajuste da] tarifa de 40%”, disse Braga após reunião hoje (14) com a diretoria da Petrobras, em Brasília.
Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, levantamento feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) enviado à presidente Dilma Rousseff aponta para a necessidade de reajuste da tarifa elétrica em 40% para compensar a diminuição de subsídios.
Ontem (13), em encontro com jornalistas que cobrem o setor, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deixou claro que não haverá repasses do Tesouro Nacional ao setor elétrico para equilibrar a conta do setor, ficando a cargo dos consumidores o aporte final por meio das tarifas.
Segundo Eduardo Braga, a Aneel ainda avalia a aprovação da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Só depois dessa análise a agência poderá definir os percentuais de reajustes das tarifas.
Com a avaliação feita, as cotas serão passadas às distribuidoras que entrarão com seus processos para análise da RTE [Recomposição Tarifária Extraordinária], destacou o ministro.
Perguntado sobre o impacto da queda no valor do barril de petróleo para os investimentos na Petrobras, o ministro disse que é cedo para fazer previsões. “Ainda não estamos com esse cenário decidido”, disse.
Sobre o possível rompimento de contratos da Petrobras com empresas investigadas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, Braga disse que a estatal aguarda posicionamentos da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Ministério Público Federal (MPF).
“Discutimos a questão dos contratos em vigor [e a manutenção deles] depende da CGU, AGU [Advocacia-Geral da União] e do Ministério Público Federal. Os contratos estão de pé ainda”, frisou Eduardo Braga.