Aprovado pelo Senado, André Mendonça tomará posse no STF no próximo dia 16 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Alessandra Azevedo
Publicado em 1 de dezembro de 2021 às 06h00.
Última atualização em 1 de dezembro de 2021 às 14h03.
O ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União André Mendonça é sabatinado neste momento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente Jair Bolsonaro indicou Mendonça para a vaga em julho.
A relatora da indicação é a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), designada pelo presidente da comissão, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que se recusou a marcar a sessão antes por divergências políticas. Para a senadora, que é evangélica, a indicação para a relatoria mostra que Alcolumbre respeita a diversidade religiosa e prestigia a bancada feminina.
"Como relatora, eu vou me pautar por informações e também pela boa técnica legislativa, sem qualquer preconceito político, idelógico e muito menos religioso. O que importa neste momento é o currículo e a capacidade técnica do indicado", disse Eliziane Gama.
Mendonça foi indicado em 13 de julho, e a mensagem com a indicação chegou à CCJ em 18 de agosto. Alcolumbre segurou a sabatina nos últimos meses. Cabe a ele, como presidente da CCJ, marcar a data. Recentemente, parlamentares afirmaram que a demora se devia a divergências religiosas, por Alcolumbre ser judeu e Mendonça, evangélico, o que foi rechaçado pelo senador.
Nesta terça-feira, 30, em discurso durante a cerimônia de filiação ao PL, Bolsonaro disse esperar que o nome de Mendonça seja aprovado pelos senadores. Na segunda-feira, 29, o presidente gravou um vídeo para desejar boa sorte ao ex-ministro da Justiça e afirmou que, com Mendonça no STF, haverá "um representante de todos nós" dentro do Supremo.