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Anbima mostra que alta renda tem R$ 337 bi aplicados

Mercado de aplicações de pessoas de alta renda deve crescer 20% no país

Para ser um investidor da área é necessário ter no mínimo R$ 1 milhão aplicado (Beatriz Albuquerque/Cláudia)

Para ser um investidor da área é necessário ter no mínimo R$ 1 milhão aplicado (Beatriz Albuquerque/Cláudia)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2010 às 15h34.

Os brasileiros de alta renda têm R$ 337 bilhões aplicados por meio das áreas private dos bancos do País, segundo levantamento inédito divulgado hoje pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

A expectativa é de que esse mercado cresça de 20% a 21% este ano, influenciado por fatores como o aquecimento da economia, segundo o executivo Rogério Pessoa, da Anbima.

Para ser considerando um investidor da área private dos bancos, em geral é necessário ter no mínimo R$ 1 milhão aplicado. A estimativa da Anbima é de que o número total desses aplicadores pode chegar a 150 mil pessoas no Brasil. Os produtos preferidos das pessoas de alta renda são fundos de investimento, que respondem por 42% das aplicações.

Papéis de renda fixa, como títulos emitidos pelo governo, respondem por 34%. As ações de empresas lançadas da bolsa ficam com 19%. Os 5% restantes estão investidos em outros produtos, como poupança e planos de previdência, segundo o levantamento da Anbima.

Diferentemente do investidor comum, as pessoas de alta renda possuem um perfil mais arriscado. Apenas 13% aplicam em fundos de renda fixa, os mais conservadores. Os preferidos são os multimercados, carteiras de maior risco, que aplicam em ações, renda fixa, moedas e derivativos.

Essas aplicações respondem por 52% da alocação de recursos. Quando se considera todo o setor brasileiro de fundos, a alocação em multimercados é bem menor, de 24%. Já na renda fixa o porcentual é maior, de 28%.

Quando se considera a distribuição nacional dos recursos dos milionários, São Paulo concentra a maior parte das aplicações, com 56% dos recursos. No Rio de Janeiro estão 18%, em Minas Gerais e no Espírito Santos, 9%. A região Sul responde por 13%, seguida pelo Nordeste, com 9%, e pelo Centro-Oeste, com 2%. A região Norte apresentou número muito pequeno e, por isso, não aparece na estatística.

Este é o primeiro levantamento que a Anbima fez do mercado de private banking no Brasil. As estatísticas foram coletadas com o próprios bancos, que informaram dados desde dezembro do ano passado. Naquele mês, as aplicações na área private somavam R$ 291 bilhões. Em junho desse ano, os investimentos saltaram para R$ 311 bilhões e chegaram aos R$ 337 bilhões no fim de setembro.

De acordo com Pessoa, a partir de agora os bancos sócios da Anbima serão obrigados a mandar os dados para a entidade. Com isso, a associação pretende criar estatísticas regulares, como já ocorre com o mercado de fundos de investimento. Segundo o levantamento, o setor de private banking tem 1,5 mil profissionais no Brasil.

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