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Anatel notifica operadoras para desbloquear X no Brasil

Desbloqueio foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes depois que a rede social pagou as multas de R$ 28,6 milhões impostas pela Corte

Agência o Globo
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Publicado em 9 de outubro de 2024 às 10h58.

Última atualização em 9 de outubro de 2024 às 11h05.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) começou a notificar as operadoras de internet para que façam o desbloqueio da rede social X. A ação ocorre depois que o ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na última terça-feira o retorno da rede social após uma suspensão que durou 39 dias.

O país possui mais de 20 mil operadoras de internet. Conforme a Anatel, cabe a cada uma delas "tomar as providências técnicas necessárias para implementar essa ordem judicial". "O tempo para a execução do desbloqueio dependerá das medidas empregadas pelas prestadoras, conforme suas especificidades", informou a agência.

A volta ocorre após a rede social pagar as multas de R$ 28,6 milhões impostas pela Corte – última etapa que faltava para que a rede social, suspensa desde 30 de agosto, voltasse a funcionar. Na semana passada, atendendo a uma determinação de Moraes, o Banco Central já havia desbloqueado as contas bancárias da empresa.

"Diante do exposto, decreto o término da suspensão e autorizo o imediato retorno das atividades do X Brasil Internet LTDA em território nacional e determino à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) que adote as providências necessárias para efetivação da medida, comunicando-se esta suprema corte, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas", diz trecho da decisão de Moraes.

Por que o X foi bloqueado?

O bloqueio do X no país se deu após a plataforma, que pertence ao bilionário Elon Musk, descumprir ordens judiciais para exclusão de conteúdos do ar e não indicar nenhum representante legal no país. Ao mandar retirar a rede social do ar, o ministro condicionou sua volta ao pagamento de R$ 18 milhões em multas referentes ao descumprimento das decisões, além de indicar uma pessoa para responder pela companhia no Brasil.

Na semana passada, o ministro do STF havia determinado três novos requisitos para a volta do X, todos eles cumpridos.

  • Pagamento de nova multa de R$ 10 milhões pela "manobra" que permitiu a volta do X, por dois dias, descumprindo o que determinava a suspensão da plataforma
  • Que o X informasse, com a anuência da Starlink, se R$ 18,3 milhões bloqueados seriam usados para o pagamento de multa e se a empresa iria desistir dos recursos
  • A advogada Rachel de Oliveira, nomeada representante legal do X no Brasil, pagasse multa de R$ 300 mil

Na semana passada, Moraes havia afirmado que o retorno dependia do "cumprimento integral da legislação brasileira" e da "absoluta observância às decisões do Poder Judiciário".

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