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ANA decide sair de grupo de gestão do Sistema Cantareira

Segundo a ANA, a decisão foi comunicada por ofício do presidente da agência ao superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica


	Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari, em Joanópolis
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari, em Joanópolis (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2014 às 18h15.

Brasília - A Agência Nacional de Águas (ANA) decidiu deixar o Grupo Técnico de Assessoramento para a Gestão do Sistema Cantareira (GTAG-Cantareira), informou nesta sexta-feira o órgão regulador federal.

Segundo a ANA, a decisão foi comunicada por ofício do presidente da agência, Vicente Andreu, ao superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE), Alceu Segamachi.

A ANA propõe, inclusive, a revogação de resolução conjunta com o DAEE que criou o GTAG-Cantareira.

A ANA afirma que a decisão de deixar o grupo "baseia-se nas manifestações do secretário de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo, Mauro Arce, na qual ele nega acordo sobre a proposta de novos limites de retirada de água do Sistema Cantareira para a Região Metropolitana de São Paulo e na ausência de recomendações de vazões a serem praticadas desde o dia 30 de junho".

Segundo a agência, a proposta em questão havia sido apresentada "em nome do secretário (Mauro Arce)", em reunião do GTAG de 21 de agosto e, posteriormente, foi acordada entre Arce e Andreu.

O Estado de São Paulo enfrenta em 2014 a pior crise hídrica dos últimos 80 anos.

Temperaturas mais altas que a média do início do ano aliadas com chuvas fracas do período não recuperaram as represas para o período atual do inverno, quando a pluviosidade normalmente é significativamente menor.

O governo Geraldo Alckmin, candidato à reeleição, tem preferido adotar medidas que têm evitado decretação de rodízio de água generalizado na região metropolitana.

Nesta sexta-feira, o Sistema Cantareira, que abastece a região metropolitana de São Paulo e cidades do interior do Estado exibia nesta sexta-feira nível de 8,4 por cento, já considerando uso da chamada "reserva técnica" ou "volume morto", decidida pelo governo estadual em maio.

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