Brasil

Álvaro Dias descarta ser vice na chapa de Alckmin nas eleições 2018

Pré-candidato do Podemos nas eleições 2018 tem retirado votos do PSDB no Sul e, com indefinição sobre Josué Gomes, ainda é cotado para vice do tucano

Álvaro Dias: "Por que querem me tirar do jogo? Qual a razão de quererem me tirar do jogo? Por que eu tiro os votos do Alckmin e ele não tira os meus?" (Adriano Machado/Reuters)

Álvaro Dias: "Por que querem me tirar do jogo? Qual a razão de quererem me tirar do jogo? Por que eu tiro os votos do Alckmin e ele não tira os meus?" (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de julho de 2018 às 19h47.

Brasília - A resistência do empresário Josué Gomes (PR) para ser vice na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB) trouxe de volta os rumores sobre opções para o posto.

Alvaro Dias, que também é pré-candidato à Presidência nas eleições 2018 e tem retirado votos do PSDB, principalmente na região Sul, continua sendo cotado para ocupar o posto de vice do tucano.

Ainda assim, Dias avisa que "não há qualquer hipótese" de essa aliança acontecer. Segundo o pré-candidato do Podemos, a aliança de Alckmin com o Centrão é uma reedição ampliada do presidencialismo de coalizão, sistema que ele classifica como "corrupto" e "ultrapassado".

"O povo brasileiro está cansado desse sistema político. Meu único propósito da campanha é pregar o fim desse sistema corrupto e ultrapassado. Eu não vou avalizar a reedição dessa tragédia que estamos vivendo, com a repetição do sistema. O que estamos verificado é a reedição ampliada desse presidencialismo de coalizão que fracassou", afirmou.

O senador questionou os motivos que fazem a campanha de Alckmin querer "tirá-lo do jogo". "Há meses, quando me consultaram da primeira vez, eu disse que essa hipótese não deve ser cogitada. Não há nenhuma hipótese de isso acontecer. Por que querem me tirar do jogo? Qual a razão de quererem me tirar do jogo? Por que eu tiro os votos do Alckmin e ele não tira os meus?", perguntou. "Eu não entendo essa preferência de alguns por um candidato de São Paulo", complementou.

Na campanha de Alckmin, o discurso oficial é que o partido vai esperar uma resposta oficial de Josué Gomes. Além disso, os tucanos procuram enfatizar que a incumbência de indicar um novo nome para o posto é do Centrão, grupo formado por partidos como DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade.

"Estamos aguardando definição oficial de Josué e do bloco", disse o secretário-geral do PSDB, deputado Silvio Torres (SP). "Ainda não entramos na fase de nomes porque a bola está com o bloco."

Nota

A executiva nacional do PR divulgou nota nesta terça-feira, 24, negando que o empresário Josué Gomes tenha recusado ser o vice na chapa de Alckmin.

O Estadão/Broadcast apurou que o movimento faz parte da estratégia de tentar reverter a decisão de Josué Gomes. Representantes do PR e de outros partidos foram escalados para tentar convencer o filho de José Alencar a repensar sua decisão.

"A Executiva Nacional do PR esclareceu, no início da tarde de hoje, que ainda não há registro de qualquer decisão do republicano Josué Gomes, convidado para ser o vice da chapa encabeçada por Geraldo Alckmin", diz o comunicado.

Alckmin e o herdeiro da Coteminas se encontraram duas vezes na segunda-feira, 23, na capital paulista. O filho do ex-vice-presidente José Alencar informou ao presidenciável que não aceitaria a indicação de seu nome para a vice, feita pelos partidos do Centrão. A informação foi divulgada pelo G1 e confirmada pelo Estadão/Broadcast.

Questionado nesta terça-feira mais cedo, o tucano também negou que a conversa tenha sido definitiva. "Vice é construção coletiva, gostei quando me indicaram o nome de Josué. Se for ele o nome, ótimo. Se não for, vamos buscar outro", disse.

Acompanhe tudo sobre:Álvaro DiasEleições 2018Geraldo AlckminPodemos (antigo PTN)PSDB

Mais de Brasil

Oito pontos para entender a decisão de Dino que suspendeu R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão

Ministro dos Transportes vistoria local em que ponte desabou na divisa entre Tocantins e Maranhão

Agência do Banco do Brasil é alvo de assalto com reféns na grande SP

Desde o início do ano, 16 pessoas foram baleadas ao entrarem por engano em favelas do RJ