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Alunos relatam falha em senha do Sisu; MEC desmente

Em nota, o MEC informou que os sistemas "não registraram, até o momento, indício de acesso indevido a informações de estudantes cadastrados"

Sisu: alunos relataram nas redes sociais que suas senhas foram roubadas e as opções por cursos, alteradas (Ricardo Matsukawa/VEJA)

Sisu: alunos relataram nas redes sociais que suas senhas foram roubadas e as opções por cursos, alteradas (Ricardo Matsukawa/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 21h20.

Estudantes que tentam uma vaga em universidades públicas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) relataram nas redes sociais que suas senhas foram roubadas e as opções por cursos, alteradas.

Em nota, o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informaram que não registraram indício de acesso indevido a informações de alunos cadastrados no sistema.

No Facebook, David Reis Pinto disse que sua opção de curso foi alterada "Alteraram minha opção de curso e a de inúmeras pessoas no site do inep\\sisu\\mec pela tamanha facilidade em alterar a senha usando dados a qual é encontrado em qualquer site de pesquisa, até mesmo no Google", escreveu.

"Eu que estou com uma nota baixa, estou indignado, nem imagino como a garota que tirou nota mil na Redação deve estar agora", disse David, em referência ao caso da estudante paraibana Tereza Gayoso, que tirou nota máxima na Redação do Enem e, segundo relatos nas redes sociais, teve a opção trocada de Medicina para Produção de Cachaça, no Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais, no câmpus de Salinas.

O estudante Thales Maciel Voltolini também relatou nas redes falhas no sistema. Segundo ele, o site informou que sua senha estava errada em duas ocasiões. Depois de trocá-la por duas vezes, ele verificou que as opções por cursos estavam alteradas.

"Eu estava inscrito na UFTM (como eu escolhi) e na UFG como cotista (o que eu não escolhi). A mesma situação continuou se repetindo nos dias seguintes, sempre me colocando como cotista na UFG, curso que eu não posso me matricular por ter feito escola particular", disse no dia 28 de janeiro.

Em nota, o MEC informou que os sistemas "não registraram, até o momento, indício de acesso indevido a informações de estudantes cadastrados, que configure incidente de segurança".

Segundo a pasta, "há relatos na imprensa de casos pontuais de acesso indevido a dados pessoais de candidatos, que teriam possibilitado mudança de senha e de dados de inscrição, como opção de curso. A senha é sigilosa e só pode ser alterada pelo candidato ou por alguém que tenha acesso indevidamente a dados pessoais do candidato."

O MEC diz ainda que casos individuais que forem identificados e informados à pasta como suposta mudança indevida de senha e violação de dados, serão remetidos para investigação da Polícia Federal.

Segundo o MEC, "todas as ações realizadas no sistema são registradas em 'log', de forma a possibilitar uma auditoria completa."

A pasta diz, ainda, que, para o Enem 2017, equipes estão trabalhando para aperfeiçoar o exame, "de forma a garantir segurança e tranquilidade aos inscritos".

Sobre a estudante Tereza Gayoso, o MEC informou que consta nos registros do Sisu acessos nos dias 24 e 29 de janeiro, respectivamente, às 12h15 e 22h12. O sistema também apresenta três tentativas de acessos sem sucesso (nos dias 24 de janeiro, sendo dois deles às 20h06 e o último às 20h07).

"A única opção de escolha de curso que consta é a de Produção de Cachaça, no Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais - Campus Salinas, realizada no dia 29 de janeiro às 22h14, conforme consta no último acesso registrado no Sisu."

Segundo a pasta, a candidata concorreu à vaga na modalidade "Candidatos com renda familiar bruta per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas".

O MEC ressalta ainda que, em 2011, a candidata ficou na lista de espera do Sisu pelo curso de Medicina.

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